BOLSA

Andava há imenso tempo com vontade de experimentar fazer uma destas bolsas com fecho da avó.

Não havia pretexto melhor do que " precisar" de guardar os materiais de pintura de aguarela, que comprei, para me lançar ao trabalho.

Fazer a bolsa até que foi fácil e rápido, sem moldes nem nada, fi-la num instante. 

O problema foi mesmo coser o fecho. Já piquei os dedos vezes sem conta. 

Até já parti a agulha especial (curva) e não passei de meia dúzia de pontos. 

Por este andar não sei quando acabarei de colocar o fecho!

Deve haver algum truque para ser mais fácil e rápido, tenho que descobrir...

E AINDA...

Restos do fim de semana...

Os corta-relva, jovens e eficientes!

A horta nova,

Cidreira na parede

Violetas aos montinhos (a foto teima em sair ao alto)

As belas e elegantes magnólias

e os descarados e atrevidos passarecos que se passeiam descontraidamente à minha roda...

FELICIDADE

Almoço de domingo para dois.

Ao ar livre que está calor e parece Verão.

De música de fundo, a sinfonia da passarada!

A estes momentos, assim, chamo-lhes felicidade.

E não sei porquê, não páro de trautear a música da Elis Regina...

Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais.
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais.
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
Meu filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal.
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros
E nada mais.

TRICOT

Os dias passam a correr e num instantinho estamos no final de outro mês.

Mais um encontro, mais troca de ideias, conversa solta, umas revistas, eu fiz isto e tu o que andas a tricotar?

A mala da Filomena cheiinha de tentações, fofas e coloridas...

Claro que não resisti e trouxe comigo o Solar Power, uma cor energética e alegre.

Vamos ver o que faço com ela...

HARUNI

Acabei agorinha mesmo este xaile Haruni. É parecido com os outros que já fiz mas não é o mesmo modelo. Este é muito mais rendado nas bordas, onde forma uns gomos.

É viciante tricotar estes xailes que são feitos a partir do centro e que vão crescendo para as pontas. estamos sempre na expectativa de ver surgir os desenhos e chegar ao final.

Aliás só depois de terminados e passados a ferro é que nos apercebemos de todo o efeito.

Este foi feito com a lã da Yarn Adventure,"oxblood",  tingida à mão pela Filomena a quem a comprei e que já tinha mostrado aqui.

A cor é um pouco parecida com a do outro xaile, eu sei, mas este não é para mim. Fi-lo a pensar em oferecê-lo a uma amiga que aprecia este tipo de coisas naturais e que espero que lhe agrade.

IMPULSOS

Passei pela Papelaria Ribeiro e,como sempre, não resisti.

Vi estas aguarelas de trazer no bolso, tão portáteis, tão lindinhas, virei-as, revirei-as, pousei-as, voltei a pegar-lhes,larguei-as, dei duas voltas à casa, tornei ao ponto de partida, peguei nelas e pronto...foi amor à primeira vista, trouxe-as!

Resta saber se vai ser desta que volto a pegar nos pinceis, depois de uma longa pausa de 16 anos, e começo a pintar de novo.

Será?

Ainda por cima a aguarela que não é propriamente a minha técnica preferida!?

Vamos ver...

SPRING

Tão lindas as minhas orquídeas!
E as amarelas estão prontinhas para abrir, não tarda mesmo nada.

ANIVERSÁRIO

Comecei o meu dia a comer bolo de chocolate, absolutamente fresco e saboroso, às 8h30m da manhã!

Hoje, os clientes da Paparoca da Foz foram surpreendidos pelo 35 aniversário da casa e, para além de verem todos fardados com t-shirts a mencionarem o facto, os donos fizeram questão de oferecer aos clientes uma fatia de bolo e o café da manhã.

Achei um gesto simpatiquíssimo!

Na verdade sou fã dos três donos, rapazes novos e empreendedores, que tomaram conta da pastelaria  há seis, vai para sete anos.

Deram um novo impulso a uma pastelaria meio moribunda, fazendo obras e mudando as ofertas e fazem as nossas delícias, todos os dias com um serviço rápido eficiente e que se renova todos os dias com novos bolos, pães e salgados.

Não parece mas inguém me encomendou a publicidade, simplesmente desejo uma longa vida à casa e muito sucesso!

Para terminar, à noite, nada melhor do que um outro aniversário, desta vez de uma amiga. 

Hoje está a ser um dia feliz porque é sempre bom celebrar a vida!

ACTIFRY

As coisas vão ficar muito mais saudáveis, cá por casa.

Aderi à actifry.

É raro comer batatas fritas cá em casa mas quando as fazia era numa fritadeira eléctrica.

Como detesto óleo aquecido muitas vezes e a altas temperaturas, andava sempre a mudá-lo, duas garrafas de cada vez. Está bom de ver que, contas feitas, a despesa era bastante. Assim, pensei que o investimento inicial nesta máquina seria rapidamente compensado com os gastos do óleo e, sobretudo, ficariamos todos a ganhar na saúde pois com meia colher de óleo frito 1kg de batatas.

Claro que o que me convenceu ainda mais, é a possibilidade de cozinhar nela todo o tipo de coisas e não só as batatas, sobretudo ao fim de semana quando não há Cecília, e naquelas crises de preguicite aguda.

Quem me falou nela foi uma colega que a elogiou muito. Para já as batatas ficaram excelentes, vamos ver o resto...

Obrigada pela dica, Cláudia!

CONFRARIA

Ontem foi dia de mais uma reunião dos confrades.

(Confrades que apreciam comida honesta,simples, tradicional,  bem confeccionada e sem pretenciosismos).

E que excelente dia para nos juntarmos e irmos por aí, para mais um almoço.

O número de participantes não pára de aumentar e, desta vez, rumamos bem ao norte, até Trás-os-Montes, numa aldeia perdida no sopé da Serra de Passos.

Comemos uma boa tábua de entradas bem transmontana, composta de queijos de ovelha curados, frescos, picantes e com pimentão; alheiras assadas, chouriços variados e salpicão; meloa com presunto, saladas, azeitonas, alcaparras e um pão caseiro molhado em azeite bem saboroso.

Para prato principal, posta à mirandesa com batatas a murro, espigos cozidos, maças bêbedas, laranjas temperadas com azeite e cebola (nunca tinha comido mas são boas). A sobremesa uns morangos temperados com mel e amêndoa picada. O vinho,tal como todos os outros produtos, da zona de  Murça, claro.

Depois, zarpámos até Mirandela onde passeamos para ajudar a digestão, apreciamos uma paisagem lindíssima, melhorada com aquele lindo espelho de água e aproveitamos para comprar umas alheiras queijo e alcaparras, que são azeitonas colhidas verdes, descaroçadas e curadas (não têm nada a ver com as dos frascos, do supermercado) .

O dia terminou com uma ceia surpresa em casa de um dos confrades, numa aldeia que parecia o presépio, e o regresso ao Porto deu-se às tantas, felizes, repousados, bem alimentados: de corpo e de espírito, de boa conversa e boa disposição.
O próximo já está marcado e parece que o Centro vai ser o destino.

VIAGENS

O meu marido regressou ontem de uma longa viagem e, embora eu não tenha ido, há sempre uma parte de mim que vai com ele. Por isso não resisto a partilhar aqui duas fotos lindíssimas que encontrei nas recordações da viagem, na máquina fotográfica.

Mulheres em La Paz e o lago Titicaca

Como fui uma linda menina e me porto sempre bem, recebi de presente este fofo, macio e giríssimo poncho de lã de alpaca e a réplica em prata de dois deuses, o do Sol e Tiahuanaco, para usar ao peito ou pendurar num fio.

DOCE,FRESCO E CROCANTE

Quem é que estava à espera de um tempo de Verão, logo no início de Março?

Sim, porque na Primavera estamos nós desde o início de Janeiro, se não ligarmos ao frio da noite, quando o sol desaparecia.

Hoje dormi de janela aberta. 

E não foi exagero, não tive frio nenhum.

Para refrescar dos 26 graus que se faziam sentir aqui na cidade, resolvi fazer uma sobremesa bem fresquinha.

Enchi cada taça com duas bolas de gelado de natas com nozes, cobri-as generosamente com morangos laminados e polvilhei com suspiro desfeito grosseiramente.Tão generosamente que nem se vê o gelado.

Huuuuuuummmmmmm, tão doce, fresco e crocante!
(Os suspiros estavam de derreter, acabadinhos de fazer, comprados de manhã na Paparoca da Foz, que até já vem na Time out do Porto)

E agora a frescura de uma regata de 18 a 20 veleiros que entraram por volta do meio-dia, na barra do Douro, rio acima, e se foram embora por volta das cinco. Será que foram almoçar à Ribeira?

Claro que esta é uma das vantagens de ter esta paisagem em todas as janelas da casa, cusco tudo o que se passa no rio...e no mar!

MAIS UM XAILE KIRI

Fazer tricot é um prazer.

O mexer nas lãs, o vai-vem das agulhas é como um trabalho encantatório em que, com o tecer dos fios, se vão entrançando sonhos, meditações e pensamentos.

Fazer estes xailes/écharpes é absolutamente viciante, estamos sempre desejosas de os ver avançar e pesarosas de os ver terminar.

Finalizei mais um, desta vez com fio da Dona Maria, 100% lã de merino fiada por ela, e o modelo igual ao anterior. Este ficou maior porque a lã era mais fina, tinha mais metros de fio e eu fiz mais uma conjunto de voltas.

Depois de terminado e passado é que me apercebi do lindíssimo efeito da lã, em matizados diferentes, que forma uma espécie de listas. Lindíssimo!

SACA E PORTA-AGULHAS

Voltei aos trapinhos! 

Há tanto tempo que não me sentava na minha mesa de trabalho, virada para o mar, ao sol da tarde e poente... 

Senti-me tão bem, de novo com os tecidos, eu que tenho andado tão virada para as lãs, que fiz logo, de um folego só, este saco e dois porta agulhas coordenados. Um é para as agulhas de tricot grandes e outro é para as de crochet e para as de fazer meia. Sinto-me tão fashion, hihihihihi!

Estes tecidos comprei-os no pano pra mantas e para o forro usei uns japoneses que tinha comprado há já bastante tempo. Fiz dois bolsos grandes, um ao alto e outro deitado (na foto com a flor) e assim tenho dois em um. Posso usar a saca por um lado ou pelo outro.

Sinto-me particularmente contente porque não usei modelo nenhum e fiz quase tudo na base do olhómetro (claro que os tecidos foram cortados com a régua e o tapete que têm as medidas) mas saiu tudo na perfeição e à medida certa.