quinta-feira, 29 de outubro de 2009

FOTOS

Ando um bocado fugida do mundo dos blogues, do meu e dos outros, já tinham reparado?
Eu explico.
O meu marido viajou para Bangkok, há quase uma semana, e levou-me a máquina fotográfica. Por isso, é um bocado insípido estar para aqui a escrever sem uma imagem que seja. Não gosto daqueles blogues massudos, só texto, por muito bom ou profundo que seja. As imagens com telemóvel, não ficam grande coisa. Viram a foto das lulas? O cabo apareceu mas foi despromovido a soldado raso!
Além disso, como devem imaginar, eu e o meu filho temos aproveitado para comer todos aqueles pratos que habitualmente não comemos. São pizas, hamburgueres, almondegas e pratos e pratos de pasta de todas as maneiras. Estão a ver o filme? Pois imaginem porque não tirei fotos e, além disso, é tão banal a ementa, que nem com máquina me atreveria a mostrar-vos. O meu marido não aprecia este tipo de alimentação. Nós temos apreciado bastante , para não falar já na rapidez com que se cozinha e põe na mesa. O pouco tempo que nos rouba a sua preparação, permite-nos que cada um se dedique um pouco mais aos seus hobies.
Mesmo assim, já estamos com saudades e preferiamos que ele estivesse já cá do que o menu ao nosso jeito!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

REFLEXÕES

Dizem que o trabalho dignifica o homem.
Talvez.
Mas que o trabalho escraviza o homem, também é verdade. Sobretudo nos tempos modernos em que cada vez a sociedade exige mais e mais de nós, em que nós próprios exigimos mais e mais de nós. Competimos com os outros e connosco mesmo. O trabalho precário, a afirmação pessoal, a especialização cada vez maior, a procura de melhores condições de vida fazem-nos, por vezes, esquecer os bens essenciais à nossa felicidade. Andamos stressados, num torvelinho de tarefas que aprazamos a nós próprios para ontem, que nos fecham os ouvidos e os olhos para os que estão à nossa volta, para as coisas simples que nos bastariam para sermos felizes.
Esquecemos os amigos, os filhos, a família, esquecemos os prazeres simples da vida, o "dolce fare niente". Cansamo-nos, esgotamo-nos a cumprir um rol de tarefas que julgamos sermos os únicos a poder satisfazer, não sabemos dividir tarefas, desacelarar porque nos julgamos imprescindíveis.
E, às vezes, surprendemo-nos a sermos felizes numa qualquer esquina da vida , numa fila de trânsito que, por acaso nos faz parar em frente ao mar, uma gaivota que nos roça a cabeça, uma criança que solta uma gargalhada. E, de repente, tomamos consciência do vazio e inutilidade da nossa correria e cai-nos em cima a teoria de Agostinho da Silva de que o homem não foi feito para trabalhar . E damos por nós a acreditar.
Damos por nós a temos vontade de atirar tudo ao ar e fugirmos. De caminharmos à beira mar, de telefonarmos a um amigo, de dizermos a alguém «amo-te», sem exigências nem compromisso, só pelo prazer de sentir o calor de alguém, porque há tanto tempo que não sentimos nem fazemos isso que, de repente, essa ausência nos doí fisicamente e é emergente como se não houvesse amanhã.

domingo, 25 de outubro de 2009

LULAS RECHEADAS

Mudei de música porque acho que esta vai lindamente com o tempo que está.
Parece que moro em Londres de tal maneira o nevoeiro e a chuva miúdinha se instalaram por aqui. Tenho uma amiga que quando andávamos no liceu, detestava desenho. Uma vez o professor mandou-nos fazer um desenho livre e ela pintou apenas uma folha de papel cavalinho de cinzento. Quando o professor entregou os trabalhos classificados pediu-lhe explicações. Não percebia de que maneira é que aquela folha sem nada correspondia ao trabalho pedido. Ela, muito fleumaticamente, respondeu-lhe que aquela era a paisagem que ela via da janela de casa dela, num dia de nevoeiro.
E era!
Ainda é embora ela já não more aqui. E eu lembro-me sempre deste episódio quando o nevoeiro se intala, assim, aos dias!

E agora segue a receita do meu almoço. Adoro lulas recheadas e como-as poucas vezes porque dão tanto trabalho que me dá a preguiça.


LULAS RECHEADAS

Lulas limpas
Rabinhos e asas das lulas
Pão demolhado em leite
Chouriço partido
cebola,alho e azeite
sal, pimenta, paprika ou molho de tomate

Depois de lavar e arranjar bem as lulas, partem-se as asas e os rabichos bem miudinhos.

Refoga-se a cebola e o alho picado no azeite, junta-se o chouriço e mexe-se. Acrescentam-se os pedacinhos de lula, tempera-se com sal e pimenta, refresca-se com vinho branco, tapa-se e deixa-se cozer.

Quando os pedacinhos de lula estão tenros, deita-se o pão demolhado em leite e mexe-se bem. Rectificam-se os temperos e desliga-se.

Enchem-se as lulas com o recheio preparado, não encha demais porque as lulas diminuem e o recheio sai por fora. Fecham-se com um palito.

Faz-se um novo refogado com cebola, deixam-se ficar translúcidas, pode-se juntar polpa de tomate, eu juntei paprika. Deitam-se as lulas, um pouco mais de vinho branco, tempera-se de novo e deixam-se cozinhar. Antes de desligar engrosso o molho com um pouco de farinha. Sirvo com puré de batata.

BOA SEMANA

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

SEM RUMO!

A Norte nada de novo. Continua um tempo cinzento e chuvoso, meio desconsolado, que dá uma preguiça tal que não me apetece nem pegar nas agulhas nem nos tachos.

Deixo-vos a foto dos tecidos natalícios que encomendei na Lapp-Elisa Quilts, na Noruega, e que me mandaram super-rápido. Falta agora é vontade de os aplicar em alguma coisa, ehehehehe!

Bom fim de semana!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

SCONES

Hoje o dia está de chuva, cinzento e ventoso. O mar atira-se furioso contra os paradões dos molhes e contra o farol de Felgueiras, num rendilhado de espuma altíssimo, que o cobre todo, para por fim galgar os passeios da Foz espraiando-se até aos carros. Um típico dia de Inverno.

Convidei uma amiga a passar cá por casa, tinhamos muito que conversar, tinha muita coisa para lhe mostrar, seria um bom fim de tarde.
Preparei um bom chá de Ginseng que trouxe dos Estados Unidos, fiz uns fofíssimos scones para acompanhar com manteiga e um doce de groselha vermelha com vinho do Porto.

Infelizmente ela não pôde aparecer. Era uma pena desperdiçar tudo aquilo.
Paciência, eu e o filhote convidamos outras pessoas e conversa aqui, conversa ali os scones foram todos. Que bons que estavam! Nem sobraram para o marido provar.



SCONES

200 gr de farinha
1 c. sopa de fermento em pó
1 c de café de sal
50 gr de manteiga
1,5 dl de leite
1 ovo para pincelar

Mistura-se a farinha com o fermento e o sal.
Junta-se a manteiga em bocadinhos e mistura-se.
Abre-se um buraco ao centro e deita-se aí o leite.
Amassa-se rapidamente e forma-se uma bola. Deixa-se descansar um pouco.
Formam-se bolinhas colocam-se num tabuleiro e pincelam-se com uma gema de ovo. Cozem em forno quente, a 220º durante 15min. Servem-se quentes com manteiga e/ou compota.
( Rende + ou - 12 scones. Eu dobrei a receita.)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

CACHECOL



Já vos posso mostrar o que fiz há uns dias para oferecer à minha filha.
Estava no segredo porque lhe queria fazer uma surpresa. Mandei-a no correio para os Açores e tive que esperar que chegasse. Agora já chegou. E vá lá que chegou pois, aqui há tempos, houve uma que se extraviou, não sei para onde foi parar porque nunca mais a recebeu!
É um cachecol, já a pensar nos dias mais frios, embora, pelo que ela diz, o clima da Terceira seja bastante ameno.
Os tecidos são muito bonitos, as cores das fotos estão um bocado artificiais e não mostram bem a realidade. É uma seda selvagem castanha que andava cá por casa à espera de um bom destino, um tecido estampado comprado no Chiadinho, pelo qual me apaixonei, galão, fitas de veludo e de cetim numa mistura original. Foi tudo forrado com fazenda de lã. O modelo não é meu, inspirei-me no blog da noussnouss e como diz o meu pai " O que a minha filha vê com os olhos faz com as mãos", deitei mãos à obra e saiu muito bonito e perfeitinho.

domingo, 18 de outubro de 2009

STITCHING


O tempo, este fim de semana esteve óptimo. Sol sem calor em demasia. Aproveitei bem o tempo para descansar, colher umas sementes, colher umas vagens tenrissímas e tomates que ainda tenho na horta. Depois, ainda cá fora para aproveitar o bom tempo foi bordar,bordar e bordar.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

BOLO DE NOZES

Ontem tive imensas prendas, ramos de flores, telefonemas, beijinhos, muito mimo. Foi um dia muito feliz!
Quero também agradecer aqui e não só nos comentários, todo o carinho que vocês me demonstraram, todas as mensagens que me escreveram, toda a amizade que fizeram questão de deixar clara. Obrigada, muito obrigada! Realmente esta blogosfera é fantástica!

Deixo-vos a receita de um bolo que fiz para o almoço de família, ontem aqui em casa e que é muito bom.Não valerá a pena dizer que a retirei da "tal" Teleculinária Gold, já que ultimamente é tudo de lá, é mais uma!



BOLO DE NOZES

200 gr de manteiga ( usei margarina)
450 gr de açucar ( usei menos)
6 ovos
2 dl de natas
360 gr de farinha (usei menos)
1 c.chá de fermento
300 gr de nozes ( usei menos)
1/2 lata de leite condensado
margarina para untar e farinha para polvilhar a forma


Liga-seo forno a 180º . Barra-se uma forma com margarina e polvilha-se com farinha.

Bate-se a manteiga amolecida com o açucar até obter um creme liso.

Juntam-se as gemas. Em seguida as natas e mexe-se bem.

Batem-se as claras em castelo firme e juntam-se à massa anterior alternando com a farinha e o fermento.

Juntam-se metade das nozes picadas, envolve-se tudo delicadamente e vai ao forno 30 min.

Verifica-se a cozedura, desenforma-se, corta-se ao meio e recheia-se com o leite condensado ao qual se misturou o resto das nozes.



Eu usei uma lata de leite condensado completa porque também o usei no topo do bolo e não só no recheio.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

HOPE!


"Plantei a minha casa sobre o nada e é por isso que o mundo inteiro é meu"

Esta foi a frase que eu, adolescente, adoptei como lema de vida, que sarrabisquei em todos os cadernos, que gravei a estilete na minha carteira de escola e que sempre me tem acompanhado ao longo dos anos.

Uma forma de não querer nada e de esperar tudo.

Um não considerar nada garantido que me leva a lutar.

Uma forma de arriscar e me escudar das desilusões.

Um dizer não e ninguém me poder comprar.

Uma forma de lutar pelos sonhos sem medo de fracassar.

Um manter-me em pé no meio dos vendavais e terramotos.

Uma forma de ser rebelde, visível e incontornável...

...Faz hoje 52 anos!

Estão a ver como sempre gostei de subir ao alto e olhar ao longe? Ainda assim continuo,eheheeh!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

BACALHAU COM CASTANHAS E VINHO DO PORTO

Esta é uma receita bem saborosa de bacalhau, que se faz relativamente rápido.Tirei a receita da revista Teleculinária Gold, já é para aí a 3ª que publico de lá e acho que não vou ficar por aí. Na verdade trazia coisas muito boas e variadas o que não via há muito tempo numa destas revistas. Neste caso dizia para demolhar sultanas no vinho do Porto mas eu não as usei e deitei mesmo o vinho em cima do bacalhau antes de meter no forno.


BACALHAU COM CASTANHAS E VINHO DO PORTO

4 postas de bacalhau
2 dl de leite
50 gr de sultanas
1 dl de vinho do Porto ( fui mais generosa)
2 dl de azeite
400 gr de castanhas congeladas
12 cebolinhas
sal e pimenta q.b.
4 fatias de presunto
farinha para polvilhar

Demolha-se atempadamente o bacalhau e antes de o usar põe-se num recipiente com leite no mínimo 30 min e vai-se virando de vez em quando.

Escorre-se bem o bacalhau, passa-se por farinha e frita-se 3 minutos de cada lado, no azeite. Colocam-se as postas num recipiente de ir ao forno

Juntam-se as cebolinhas e as castanhas ao azeite que ficou na frigideira e fritam-se 10 minutos.

Tempera-se com sal e pimenta e juntam-se as sultanas com o vinho do Porto e deixa-se ferver.

Dispõe-se em cima de cada posta de bacalhau, uma fatia de presunto. Rega-se com a mistura das castanhas, cebolinhas e sultanas e vai ao forno 20 minutos.


Eu, como vos disse não deitei as sultanas e acrescentei batatas ao redor do bacalhau, na assadeira. Acompanhei com salada de tomate. Estava muitíssimo bom. Experimentem!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

CARIL


Hoje trago uma receita muito simples, muito boa, económica e visualmente interessante. Como desfiz o frango todo, muito bem, serve para barrar no pão ou em tostas. Deve servir-se quente porque é mais agradável e é uma boa alternativa aos patês de compra já tão vulgarizados. Podem servir numa panela de fondue com uma lamparina por baixo ou num "rechaud". É preciso ter cuidado com o caril pois, como sabem, o caril é uma mistura de especiarias e cada um é diferente do outro, dependendo das quantidades de cada coisa. Assim, há caril bastante picante e outros que o não são. Se não fizerem vocês mesmas a mistura e o comprarem, convém provar antes de usar e adaptar a quantidade aos gostos de cada um.

CARIL DE FRANGO

1 frango cozido sem pele e desossado
3 c.chá de caril
1 lata de leite de coco
1 cebola
2 dentes de alho
azeite q.b.

Estalei a cebola e o alho no azeite até ficarem translúcidos, juntei o frango já cozido e bem picado com uma faca numa tábua de cozinha. Não usei nenhuma picadora eléctrica para não ficar moído.
Juntei o caril em pó e misturei bem. Reguei com o leite de coco, aos poucos, mexendo e deixando estufar. Rectifiquei o sal e "voilá"!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

2 ª DOSE



Os lombinhos de pescada estavam tão bons que hoje repeti, além disso aproveitei para tirar fotos porque o bendito cabo do telemóvel ainda não apareceu. Portanto estas fotos são minhas.
Experimentem, os meus foram todos!
Além disso continuo constipadíssima, com uma fonte constante a pingar do nariz e não há anti-estamínico que me valha. Também, dão-me uma paulada de sono tal que só os posso tomar à noite, que é para aterrar na cama de imediato. Mas aguentei firme e trabalhei toda a semana, sabe Deus com que sacrifício, mas trabalhei! Por isso vou merecer bem um repousado fim de semana.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

BABA DE CAMELO

Para compensar tantas horas sem comer, ontem, nada melhor que "montes" de calorias docinhas, hoje, ehehehe!

Da mesma revista Teleculinária Gold aqui vai uma baba de camelo, simples, rápida e eficaz.


BABA DE CAMELO

6 ovos
1 lata de leite condensado já cozido

Separam-se as gemas das claras. Adiciona-se o leite condensado cozido às gemas e bate-se com a batedeira até conseguir um creme homo géneo.

Batem-se as claras em castelo bem firme e adicionam-se ao preparado anterior, misturando tudo delicadamente.

Leva-se ao frio e decora-se a gosto, acompanhado de palitos de champanhe, por exemplo. Eu comi-o simples e consolei-me!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

LOMBINHOS DE PESCADA COM BÉCHAMEL

Acabou-se o fim de semana, acabou-se a boa vida e que dia o meu hoje!
Passei três dias praticamente na horizontal, enrolada em mantas e estiraçada pelos sofás, na boa vida, vendo filmes atrás de filmes, séries atrás de séries, com a chuva torrencial a bater nas vidraças e, para felicidade suprema, até uma valente trovoada.Tal como vos tinha dito a deitar-me às tantas e levantar-me tarde...!
Hoje, amanheço com a garganta a picar e o nariz a pingar. Mas há que ir trabalhar, hoje já não posso ficar na caminha.
Entre levar o filhote e correr para o trabalho, escapar e ir de novo a casa, levar o meu pai ao hospital, voltar a trabalhar, voltar a correr ao hospital, trazê-lo a casa, sem tempo para almoçar porque já devia estar numa reunião, voar pelo trânsito caótico, no meio de um dilúvio torrencial, o carrinho transformado em barco no meio do oceano em que ficaram as ruas, 3 horas de blábláblá, cumprimentos aqui e ali, finalmente o regresso à porta de casa, pegar na mãe, levá-la à farmácia e, ao lado, beber um chá e comer um pastel de carne antes de cair para o lado( sim que o pão com manteiga e o pingo que tomei às 8h, já era, há muito)! Não é elegante dizê-lo num blog mas 10 horas sem comer e 12 sem ir à casa de banho é dose! Esperemos que amanhã seja melhor...

E deixo-vos uma receitinha, experimentada ontem, muitíssimo boa que vai ser repetida muitas veze por aqui. Foi tirada da Teleculinária Gold que por acaso, ou não, traz receitas muito boas.


LOMBINHOS DE PESCADA COM BÉCHAMEL

6 filetes de pescada sem peles nem espinhas
sal, pimenta q.b.
sumo de 1/2 limão
1 ramo de brócolos
1 cebola
2 dentes de alho
5 c.s. de azeite
12 camarões cozidos e descascados (usei mais)
1 embalagem de molho béchamel ( eu fiz o meu molho)
50 gr de queijo ralado

Temperam-se os filetes ( eu usei postas normais ) com o sal a pimenta e o sumo de limão.

Cortam-se os brócolos em raminhos e cozem-se durante 8 min.

Descascam-se a cebola e os alhos e picam-se, levam-se ao lume com o azeite até ficarem macios, temperam-se com sal e pimenta, eu juntei uma c.c.de pimentão para dar mais cor.

Colocam-se os lombinhos de pescada num pirex, juntam-se os brócolos, os camarões, espalha-se por cima a mistura de cebola e, por fim, rega-se com o molho béchamel. Polvilha-se com o queijo ralado e vai ao forno, duarante 20 min, a 180º.


Estavam óptimos, acompanhei com batata cozida. Para o molho béchamel usei uma medida de leite e outra do líquido de cozer os camarões, o que lhe deu um sabor mais intenso, e engrossei com farinha maizena, temperei com sal e pimenta. Experimentem!

Bem, vou tomar um comprimidozito, ou dois para ver se esta fungadela passa e deitar-me cedo que amanhã espera-me outro dia de doidos, desta vez sem hospital pelo meio,espero.

( As fotos seguem dentro de momentos porque esqueci-me da máquina cá e tirei-as com o telemóvel)
Afinal não encontro o cabo para passar as fotos, ele vai aparecer quando não precisar dele, entretanto vai com a foto da revista. Desculpem mas há dias assim!

domingo, 4 de outubro de 2009

INQUIETUDE

Inquietude é um livro de William Boyd, que nos conta a história de Eva Delectorskaia, uma espia russa ao serviço dos aliados, na segunda guerra mundial.
A história começa nos nossos dias e é contada em retrospectiva, a partir das memórias que Eva escreveu e que dá a sua filha Ruth, no momento em que começa a sentir-se ameaçada. Ruth começa a ler a história da sua mãe e nem acredita que seja verdade o que vai desvendando. Chega a pensar que ela está senil e delirante e chega a comentar isso com uma das suas amigas.
Eva foi recrutada muito jovem, por Lucas Romer, logo a seguir à morte do seu irmão. Sob a sua orientação aprende todos os truques essenciais às missões que lhe estão reservadas. No fim da sua aprendizagem parte para Inglaterra onde começa a sua vida de espia.
Os capítulos vão-se alternando entre o passado de Eva e da vida de Ruth. À medida que esta vai lendo a vida de sua mãe, chega à conclusão que viveu ao lado de uma desconhecida.
O livro é bastante interessante e verosímil, damos por nós a querermos saber mais sobre a vida de Eva, sobre as suas aventuras e os seus amores, pois acaba por se envolver com Romer. Partem para os Estados Unidos e trabalham em diversas missões mantendo sempre secreta a sua relação. A dada altura há uma missão que corre mal, Eva foge e descobre que os companheiros com quem trabalha estão a ser mortos um a um. Adivinhando o que se está a passar e quem é o autor das mortes, apaga o seu rasto e escapa para o Canadá onde sucessivamente muda de identidade, trabalha até conseguir embarcar para Inglaterra. Aí, com nova identidade, recomeça a sua vida, conhece o seu futuro marido e pai de Ruth num bar, casa-se e começa o que parece ser uma vida normal, não fosse aquela frieza de espia, aquele sentido de alerta constante.
Não percebi muito bem a alternância entre a vida de Ruth e de Eva. Estamos sempre à espera que aconteça alguma coisa na vida de Ruth. Ela que tem um filho de um alemão casado, seu ex-professor, que tem, temporariamente, a viver lá em casa, um cunhado freak ao qual se junta uma traficante de droga foragida e procurada pela polícia, de quem Ruth desconfia serem terroristas urbanos responsáveis por atentados na Alemanha...Além disso, Ruth dá aulas de inglês a estudantes estrangeiros em sua casa, em Oxford e, entre outros, tem um engenheiro iraniano que está intetessado nela, com quem ela sai e vai a manifestações árabes de protesto...É contactada por um detective que a alicia a dar informações sobre actividades suspeitas dos seus alunos... E, não passa disto mesmo!
A única justificação para a sua presença no romance é o pretexto para irmos descobrindo a vida de Eva Delectorskaya e, no final, ajudá-la a pôr em prática a sua vingança, ou ,simplemente, a ser testemunha dessa vingança.
Um livro que se lê muito bem, uma história bem contada de uma época que sempre nos fascina, mas, a meu ver, com críticas muito empolgadas ou empoladas por parte dos jornais ingleses Times, Sunday Telegraph e Independent.