sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

LENÇOS DOS NAMORADOS

Há já muito tempo que não mostro nenhum trabalho meu.
Não mostro porque não tenho feito nada. Ando com pouco tempo, desmotivada, preguiçosa!
Vou colocando umas receitinhas porque comer, comemos todos os dias, pelo menos duas vezes ao dia. E nisso somos muito afortunados porque, nos tempos que correm....já não digo nada!
Ora, já que tenho que cozinhar, tanto dá cozinhar uma receita banal e rotineira como experimentar uma nova e esta sempre me pode dar algum prazer e consolo!

Hoje vou-vos mostrar o trabalho que comecei ( porque senão tenho que mudar o nome ao blog ) e tenciono levar comigo para fim de semana. Um "Lenço dos Namorados".
Não, não é porque Fevereiro vem aí, o dia dos namorados também, nem porque ande muito romântica. Acontece que, quando comprei a minha quinta no Minho bordei uns lenços destes para fazer uns quadros. Claro que isso foi muito antes de fazer obras de reconstrução da casa e, enquanto esperava, guardei-os tão bem, mas tão bem que não consigo encontrá-los. Vai daí não me resta alternativa senão bordar uns novos e esperar que os outros apareçam quando já não forem precisos, como sempre acontece com estas coisas!
Está bom de ver que os outros eram muito mais trabalhados e giros, estes são mais simples assim do género: vamos a despachar!
Há dois tipos de lenço, só de uma cor (os de Vila Verde ) e os coloridos. A explicação que me deram para esta diferença é que os de uma cor só, eram os bordados pelas"meninas ricas" com posses para comprar as linhas e em quantidade. Os coloridos eram os bordados pelas "moças do povo", que iam juntando todos os bocadinhos de linha que encontravam e aproveitavam. Claro que gosto muito mais destes pela vivacidade, colorido, erros ortográficos e desenhos naif, do que dos monocromáticos!
Este é o 1º de vários que vou bordar! Outra vez!


"O lenço dos namorados é um lenço fabricado a partir de um pano de linho fino ou de lenço de algodão, bordado com motivos variados. É uma peça de artesanato e vestuário típico do Minho, sendo usado por mulheres com idade de casar.
Era hábito a rapariga apaixonada bordar o seu lenço e entregá-lo ao seu amado quando este se fosse ausentar. Nos lenços poderiam ter bordados versos, para além de vários desenhos, alguns padronizados, tendo simbologias próprias.
Era usado como ritual de conquista. Depois de confeccionado, o lenço acabaria por chegar à posse do homem amado, que o passaria a usar em público como modo de mostrar que tinha dado início a uma relação. Se o namorado não usasse o lenço publicamente era sinal que tinha decidido não dar início a ligação amorosa."
WIKIPÉDIA


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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

SOPA DE FEIJÃO FRADE COM AGRIÃO

Mais uma sopa deliciosa do livro do Pingo Doce. Experimentem que neste tempo invernoso é energética e uma boa fonte de vitaminas.

SOPA DE FEIJÃO FRADE COM AGRIÃO

3 dentes de alho
1 cebola média
4 c.s.de azeite
1 nabo pequeno
300g de folhas de agrião
1 curgete média
1 frasco de feijão frade
1l de água
sal q.b.

Leva-se tudo a ferver excepto metade do frasco dos feijões frades e os agriões. Quando tudo estiver cozido tritura-se com a varinha mágica e acrescenta-se o resto dos feijões e os agriões.

Eu já a fiz sem os nabos e substituindo os agriões por espinafres e ficou excelente também.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

ANSEIOS


Não sei se alguém pode dizer que tem saudades de uma coisa que nunca teve.

Talvez a palavra mais correcta seja nostalgia...talvez.

O que é certo é que eu tenho uma nostalgia enorme por duas ou três coisa que nunca vivi.Mas gostava! Uma nostalgia que até doi.

Adoraria viver, um mês ou dois, numa cabana no meio de uma floresta completamente nevada, no pino do Inverno, lá para a Suécia ou Noruega... Perdoe-me Cláudia pois sei que este meu sonho é o seu desassossego mas deliro com as suas fotos. Sinto falta daquela brancura intocada a envolver-me, do silêncio apenas quebrado pelo vento nas árvores ou de um ou outro ramo quebrado. De estar quentinha e confortável e apenas sair à porta da rua para receber o soco gelado do ar a cortar-me a respiração.

Outra nostalgia minha era poder viver dois a três meses em Veneza. Não na Veneza de hoje, essa já a visitei duas vezes e adoro-a, mas na Veneza dos Dodges, em plena efervescência mercantil. Na impossibilidade de viajar no tempo, a de hoje servir-me-ia para matar essa saudade e poder pintar muito, aqueles recantos todos, o mistério que se respira em cada esquina.

A terceira, mais doida e inviável era de poder viver um Inverno qualquer, num castelo inglês, na Idade Média ou semelhante.Viver na dureza e desconforto do granito nu, das camas de palha, das tapeçarias nas paredes, dos longos e intermináveis dias de chuva interrupta, onde as mulheres passavam dias a fiar, a bordar, a tecer, não só as vestes necessárias mas as suas próprias vidas e a dos outros.

Bom espero que não haja por aí nenhum psicólogo ou psicanalista, de serviço, a ler-me, senão estou feita.

Todas estas nostalgias bem analisadas devem dar um tratado. Implicam espaços reduzidos e fechados, tempos limitados mas, atenção, não forçosamente solidão! Isto até é interessante porque quem me conhece sabe bem que passo o tempo na rua, saio todos os dias,adoro viver ao ar livre e até costumam brincar comigo que devo ter uma costela gaulesa porque parece que tenho medo que me caia o ( céu) tecto em cima.

De onde vem então esta saudade, ou nostalgia de vivências que não tive cuja ausência chega a doer?

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

FRANGO E COSTELAS COM XAROPE DE ÁCER

Já vos disse em baixo que o que me seduz na Nigella é a simplicidade e o aspecto prático das receitas.
Deixo-vos mais uma muito boa e rápida de preparar, até porque se pode temperar com antecedência, congelar e, quando necessário é só colocar na assadeira e já está. Outra coisa boa é não sujar nada. Deitam-se todos os temperos da marinada num saco, a carne, agita-se bem, fecha-se o saco e fica a marinar no frigorífico de um dia para o outro. Abre-se o saco e está pronta a usar.


FRANGO E COSTELAS COM XAROPE DE ÁCER

12 costelas de porco
12 coxas de frango com pele e osso
250 ml de sumo de maçã ácido
4 c.s. de xarope de ácer
2 c.s. de óleo vegetal
2 c.s. de molho de soja
2 estrelas de anis
1 pau de canela partido ao meio
6 dentes de alho descascado

Colocam-se todos os ingredientes num saco ( ou alguidar) e mexem-se bem.
Deixa-se marinar de um dia para o outro ou até 2 dias.
Coloca-se a carne numa assadeira com a preocupação do frango ficar com a pele para cima.
Vai ao forno a 200º C durante 1 hora e 15 min, ao fim dos quais a carne deve estar de um castanho brilhante e suculenta.

Para quem não tem xarope de ácer, fica aqui uma ideia, eu já experimentei trocar por 2 c.s. generosas de mel e também troquei o sumo de maçã por limão e fica muito bom na mesma. Claro que para três pessoas reduzi as quantidades de frango.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

BIFE FATIADO COM LIMÃO E TOMILHO

Não vos falei dos presentes que me deram no Natal.
Já estamos muito deslocados no tempo para vir agora falar disso.
Só quero apenas dizer que cada um dos meus filhos me ofereceu um livro de cozinha, já que sabem do meu gosto por experimentar coisas novas. Assim o meu filho ofereceu-me este:


E a minha filha ofereceu-me este:


Ora tenho andado encantada a explorar este último. Seduz-me a rapidez de execução de todos os pratos, o óptimo aspecto de todos eles e a simplicidade com que Nigella explica tudo. É uma destas receitas que vos trago hoje.

BIFE FATIADO COM LIMÃO E TOMILHO

1 bife da rabada de 2,5cm de grossura, 600gr aproximadamente
5 caules de tomilho para fazer 1 c.s. de folhas
2 dentes de alho esmagados
80 ml de azeite virgem
raspa e sumo de 1/2 limão
sal e pimenta moída q.b.

Aquece-se uma chapa ou tacho pesado.
Pincela-se o bife com azeite para não pegar,cozinha-se 3 min de um lado mais 1 min de cada lado ( fazendo as marcas da grelha)e deixando-o mal passado. O limão depois coze-o um pouco mais.


Enquanto o bife grelha, colocam-se todos os ingredientes num prato raso grande.


Quando o bife estiver cozinhado coloca-se neste molho durante 4 min de cada lado. Depois retira-se para uma tábua e fatia-se na diagonal. Eu voltei a colocar a carne no molho que achei uma maravilha. Dá para 4 pessoas.

Mais simples e delicioso não há!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

RISOTTO DE ESPARGOS E COGUMELOS

Eu adoro cogumelos, seja de que tipo forem. E de espargos, também!
Mal bati com os olhinhos nesta receita vi logo que era incontornável. Tinha que a fazer o mais rapidamente possível. Assim foi, tirada do livro « Sabores Mediterrânicos» que vos falei em baixo, modificada aqui e ali, como convém e que foi um sucesso. Até os dois homens cá da casa adoraram. A repetir mais vezes, sem dúvida.


RISOTTO DE ESPARGOS E COGUMELOS

4 espargos verdes, frescos( usei 1/2 embalagem)
200gr de cogumelos Paris ( usei 1 embalagem)
100 gr de pleurotos ( usei 1/2 embalagem)
50 gr de cogumelos portobello ( não usei)
1 chalota
2 dentes de alho
240 gr de arroz para risotto
1 c.s. de sal marinho
1 dl de vinho branco (usei 1/2 copo grande)
20 gr de manteiga
40 gr de queijo parmesão ( fui bastante generosa)
1/2 . de café de pimenta moída
azeite q.b.

Fervi os espargos 3 minutos e reservei.
Alourei a chalota e o alho picados, no azeite, juntei os cogumelos fatiados e deixei saltear.
Adicionei o arroz e deixei ficar translúcido. Juntei os espargos e alguma água de cozer os mesmos, temperei com sal.
Quando evaporou refresquei com vinho branco e deixei ferver.
Fui repetindo este processo de ir acrescentando água aos poucos e mexendo durante 15 min, até o arroz estar cozido.
Acrescentei a manteiga, a pimenta e o queijo que ralei na altura, envolvi tudo e foi à mesa.

Claro que na mesa cada um ralou mais queijo a gosto ( e nós gostamos muito)! Prato rápido, nutritivo, saboroso e de óptimo aspecto visual. A foto não ficou grande coisa por causa do vapor que se libertava do arroz e não fiz muitas tentativas porque estava já com água na boca. Experimentem!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

SHOT DE BETERRABA

Esta é uma receita que me seduziu pela cor.
Como os ingredientes não são cozinhados, calculei que fosse uma bomba vitamínica e assim é.
Outra dos motivos que me levou a experimentá-la é o facto de ser uma sopa fria no género das que tenho cobiçado no blog da Fer mas que por preguiça nunca fiz.
Atenção que não é para todos os paladares.
Também deve ser mais agradável no Verão do que agora com este Inverno que se faz sentir.
Tirei a receita do livro do Pingo Doce,lá vai publicidade, Sabores Mediterrânicos e que traz coisas bem apetitosas.



SHOT DE BETERRRABA E CENOURA COM MAÇÃ E AIPO

1 beterraba
1 maça Granny Smith
1 aipo (30gr)
150 gr de cenoura ralada
7 dl de água gelada
pimenta, sal, azeite, cominhos e vinagre de cidra q.b, ao gosto de cada um

Trituram-se os ingredientes muito bem na liquidificadora com a água, tempera-se a gosto e distribui-se pelos copos. Enfeita-se com aipo ou cenoura e está pronta a servir.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

HIBERNAR



Lá fora o vento sopra com força nas arestas do prédio atirando a chuva, violentamente, contra as vidraças.O mar atira-se furioso contra os paredões da Foz e do Cabedelo. O dia escuro obriga a luzes acesas dentro de casa.
Já não me lembrava de tanto Inverno seguido, tão forte e tão frio!
Frio, vejam lá! Eu, a mulher sempre acalorada, derretida, à beira de um treco...
Enrolo-me pelo sofá, cão aos pés, mantas polares sempre à mão, aquecedor aceso, tricot de lã grossa e apetitosa num suave trec-trec hipnotizador, numa doce hibernação da qual me custa sair.
Da qual não quero sair.
Da qual tenho que sair, para ir a umas "benditas" de umas reuniões.
AH, DEIXEM-ME HIBERNAR!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O REGRESSO

Quem diria que já estamos a 5 do novo ano!
Não me venham dizer que o tempo não voa...!
Eu bem o tento fazer render, senti-lo passar, aborrecer-me de o ver lentamente escoar mas em vão. É pior que tentar agarrar areia da praia, encho a mão e logo a vejo vazia.
Começou de novo a rotina do dia a dia.
Ai quanto me custa levantar cedo, outra vez!
Bem mudemos de assunto que este é comum a todos e, como eu, há milhares de pessoas a lamentarem-se.
Deixo-vos uma coisinha doce para alegrar o espírito, foi feita um destes dias atrás e toda a gente gostou muito. Não sei de onde veio a receita nem como se chama mas já sofreu alterações pois levava 3 pacotes de natas o que eu achava um exagero.


2 pacotes de natas
1 lata de pêssego
1 lata de ananás
biscoitos de champanhe
açucar q.b.

Batem-se as natas com pouco açucar para fazer chantilly.
Cortam-se as frutas em pedaços miúdos.
Numa taça grande deitam-se camadas de chantilly, camadas de biscoitos aos bocados que se humedecem com borrifos da calda da fruta, camada de ananás e pêssego e vai-se alternando até terminar cobrindo tudo com chantilly. Polvilha-se com biscoito moído com os dedos, cobre-se com película aderente e vai ao frigorífico de um dia para o outro.

Muito simples, rápido e bom! Experimentem.