quarta-feira, 29 de maio de 2013

CARIL VEGETARIANO COM PANEER

Gosto muito de caril, embora se coma poucas vezes cá em casa, já que o meu marido não é muito apreciador.
Apesar disso, não resisti e, inspirada numas receitas e noutras, inventei um caril vegetariano para a minha filha e fiz outro de carne para nós.

CARIL  VEGETARIANO

Numa frigideira coloquei azeite, sementes de sésamo, alho e deixei fritar um pouco. 
Adicionei duas colheres de chá de graam massala, uma colher de caril, uma pitada de açafrão e polpa de tomate.  
Juntei os vegetais: grão de bico, courgete partida aos pedacinhos, pimento italiano vermelho às rodelas, ervilhas congeladas, espinafres às tiras e sal.


Deixei saltear um pouco e envolver bem no molho, acrescentei leite de coco, tapei e deixei cozinhar até os legumes estarem tenros.
No final, rectifiquei os temperos, polvilhei com coentros frescos e hortelã picados.
Coloquei duas ou três colheres de iogurte natural aqui e ali.
Servi com paneer frito colocado em cima.


QUEIJO INDIANO PANEER


Fervi um litro de leite gordo, retirei do lume, juntei meio copo de vinagre branco, deixei repousar cinco minutos até coalhar.
Deixei-o escorrer num passador coberto de musselina, espremi-o e levei o coalho ao frigorífico até arrefecer.
Cortei-o às tiras e fritei-o em azeite com um dente de alho e uma malagueta.


sábado, 25 de maio de 2013

YIN YANG

There's a new guy in town!


É o que me apetece dizer deste cachorrinho tão fofinho que tem feito as nossas alegrias há dois fins de semana.
Tão diferente da mãe que nem parece filho dela. Mas deve sair ao pai que nós nem conhecemos!
A mãe, zelosa têm-no bem tratado, gordo e limpinho que até dá gosto. Ele, apesar de tão novinho, já rosna e ensaia umas ladradelas.
Agora andamos a pensar em nomes...


terça-feira, 21 de maio de 2013

PINTURA

Há catorze anos que não pegava nos pincéis.
Porquê?
Não sei se foi falta de inspiração,se preguiça, se por precisar de óculos para ver ao perto não me apetecia...
O que é certo é que passaram catorze anos a dizer para mim mesma que tinha que recomeçar a pintar e a adiar, é hoje, é amanhã. 
E o tempo voou...como voa sempre que somos felizes, ou não, como voa sempre que andamos demasiado ocupados, a correr, no trabalho para o qual julgamos que somos imprescindíveis, ou simplesmente noutros passatempos de que também gostamos.
Custou-me recomeçar. 
Destreinada de pegar numa paleta, de segurar os pincéis, de misturar cores, lá fui reencontrando em mim, algo adormecido e o resultado está aí.É mais um estudo do que um quadro.
A ver vamos se o próximo quadro surge mais rápido!


sábado, 18 de maio de 2013

PATÊ DE BERINGELA

Ando sempre à procura de novas receitas e alternativas para aperitivos e entradas que a minha filha possa gostar, uma vez que é vegetariana.
Tinha já visto e comido este patê e andava com vontade de o experimentar, aproveitei agora a ocasião, num jantarinho de família. Ficou excelente e ela gostou imenso.

Patê de Beringela

 2 beringelas 
um fio de azeite 
oregãos a gosto 
2 dentes de alho picados 

 Com um garfo, furei as beringelas, levei-as ao forno baixo e assei-as por 30 minutos. 
 Após esse tempo, retirei temperei com sal e deixei arrefecer 10 minutos. 
Cortei as beringelas aos bocados juntei o alho e passei com a varinha mágica. 
Coloquei numa tigela, temperei com o azeite e os oregãos e mexi bem até obter um patê. 
Servi com tostas.


quinta-feira, 16 de maio de 2013

CAÇÃO NO FORNO

Passei pelo supermercado e vi numa das prateleiras aqueles novos pacotinhos de tempero para peixe que vêm com um saquinho de folha de alumínio, parecidos com os que há para carne.
 Depois de observar bem o sistema e os temperos vi que não valia a pena comprar, que me desculpem as empresas que as comercializam pela anti-publicidade, pois temos todos os ingredientes em casa. 
Assim, mal tive um peixinho fresco para cozinhar, resolvi fazer a experiência. Cortei folha de alumínio suficiente para cobrir a assadeira e depois o peixe e fiz uma cama de cebola às rodelas e pimento italiano vermelho onde coloquei o cação às postas. Depois espalhei por cima mais pimento, sal,pimenta, uma pitada de colorau, raspa e sumo de limão, cebolinho e estragão picado acabado de colhe na horta.Reguei com um fio de azeite.


Cobri com o resto de alumínio, enrolei bem os bordos para não sair o vapor e levei ao forno médio, durante 20 min. 
Tcharammmm! 
Abri com cuidado e servi com batata cozida e salada. Estava muitíssimo saboroso!


sábado, 11 de maio de 2013

RIOS DE ÁGUA

Hoje só me vinham à memória as palavras da Marguerite Duras, quando num dos seus romances,  O Amante, descreve os dias de infância passados no Mécongue e se lavava a casa com sabão amarelo e baldadas de água, de janelas e portas abertas, com ela, os móveis e o piano da mãe de pés mergulhados na água que escorria para a rua. 
Tenho uma imagem fortíssima da descrição desta cena e até consigo, tal como ela, sentir, o cheiro a lavado que emanava de tudo.
Pois é, hoje cá na quinta, a Cecília e a Margarida lavaram à mangueirada tudo o que lhes passou pela frente: carpetes, janelas e gelosias, pátios e portas, cozinha, quartos e piscina. 
De pés descalços, o riso fácil, com sol a bailar por entre todas, o merujar do vento nos eucaliptos do monte em frente, os rios de água a cantarem pelas escadas de granito, tornaram o trabalho numa festa.
Não usaram sabão amarelo porque não havia, mas tudo escorria água e cheirava a lavado.
O sol ajudou a que tudo secasse depressa e a que soubesse bem andar na água.
Há dias cheirosos e limpos, assim!

Até o Porto venceu o Benfica, limpinho!

quinta-feira, 9 de maio de 2013

BABETE

Já tinha visto, várias vezes, este modelo de babete em revistas japonesas e em vários blogs e sempre me apeteceu experimentar fazê-la, mas como não havia um bom pretexto para a fazer (leia-se bébés conhecidos), fui sempre adiando.
Eis que, agora, surgiu o pretexto e zás, meti mãos à obra, em meia hora estava pronta.


O modelo e o tutorial  estão aqui.
Experimentem.

terça-feira, 7 de maio de 2013

XAILES

A partir do segundo ou terceiro xaile/cachecol, torna-se absolutamente viciante fazê-los.
Apanhamos-lhe o jeito, descodificamos mais rapidamente os esquemas. 
Tornamo-nos mais ousadas em tentar outros pontos, outras rendas.
Queremos testar novas combinações de cores ou simplesmente aproveitar os restos dos que já fizemos.
Rendi-me ao encanto dos xailes!




A lã continua a ser Holst Garn, que me sobrou de alguns outros xailes já aqui mostrados.

 A técnica continua a ser a mesma; montar cinco pontos, na segunda volta fazer uma malha, laçada, uma malha, colocar o marcador, malha central, marcador, fazer uma malha, laçada, outra malha.
Nas voltas pares, em tricot, só se dá laçada nas pontas do xaile, antes da última malha. Nas voltas impares, em meia, dá-se laçada nas pontas sempre depois da primeira malha e antes da última do outro lado mas também na zona central, antes do marcador e depois do marcador.

Depois é só alternar as cores escolhidas de duas em duas voltas.
A renda do remate do xaile, neste caso, é mais estreita do que a mostrada aqui.
Neste usei o esquema aqui em baixo mas tricotei também umas missangas cinzentas prateadas, não tantas como as que estão assinaladas no esquema com os quadrados brancos.
Ficou muito giro!


sábado, 4 de maio de 2013

J A

Resolvi experimentar o Bacalhau Espiritual segundo a versão de José Avillez, um pouco diferente da  versão tradicional, que encontrei num livro de receitas que saiu de bónus, numa revista.
É bastante bom e um prato a repetir.



BACALHAU ESPIRITUAL

500gr de bacalhau cozido, limpo de peles, espinhas e desfiado
200gr de cebolas picadas
100 gr de cenoura ralada
1 folha de louro
3 dentes de alho picado
300gr de molho branco
queijo ralado, azeite, pimenta e sal q.b.

Refoga-se a cebola, o alho, a cenoura e o louro em azeite.
Junta-se o bacalhau desfiado e envolve-se bem
Acrescenta-se o molho branco, envolve-se no bacalhau e corrigem-se os temperos.
Coloca-se num prato de ir ao forno, polvilha-se com o queijo ralado, tosta-se a 160ºC aproximadamente 15 a 20 min, até ficar gratinado.




sexta-feira, 3 de maio de 2013

MORANGOS

Frescos, saborosos, rápidos de fazer e em promoção.
No fundo de uma taça, deitei pão-de-ló que desfiz grosseiramente.
Depois de lavados, cortei os morangos em fatias, e coloquei-os em cima do pão-de-ló esfarelado, polvilham-se de açúcar e regam-se com vinho do Porto.
Por cima espalha-se um yogurte natural e polvilha-se de chocolate em pó e canela.


quarta-feira, 1 de maio de 2013

OS MAIOS

Na minha quinta ouve-se a calma.
Não o silêncio, porque esse é cortado de vez em quando por um avião que passa, riscando devagar os céus; mais raramente pelo silvo forte e rápido do comboio que, lá longe, numa ponte sobre o Neiva, grita "estou com pressa, estou com pressa". 
E depois, o silêncio aqui é impossível, pela sinfonia constante dos passarinhos, que me fizeram companhia nestes dias, em que, eles e eu, estivemos em "retiro espiritual"; eu para retemperar o corpo e fortalecer o psíquico, que isto de andar sempre a correr, sempre a resolver situações, a tomar decisões, a valer a uns e a outros, a resolver problemas sem fim, esgota-nos e deixa-nos à beira de um ataque de nervos.
E foi assim, em comunhão com a natureza, com o bálsamo do som do vento nas árvores e o cantar dos pássaros, sonhando com partidas e viagens sempre que ouvia ao longe um avião, ou lembrando as palavras do principezinho, de que os homens nunca estão satisfeitos no local onde estão e que apenas as crianças esborracham o nariz contra o vidro das janelas dos comboios, porque sabem o que é importante, que recuperei a minha paz interior.
E para além de fiar, tricotar, pintar e dormir, teci este Maio para colocar no portão e festejar a entrada deste novo mês.



A origem da tradição das Maias perde-se no tempo e pode ter várias explicações. Segundo alguns, a Maia era uma boneca de palha de centeio, em torno do qual havia danças toda a noite do primeiro dia de Maio. Por vezes, podia ser também uma menina de vestido branco coroada com flores, sentada num trono florido e venerada, todo o dia, com danças e cantares. 
Ainda segundo outros, o nome do mês de Maio terá tido origem em Maia, mãe de Mercúrio, e a ele está ligado o costume de enfeitar as janelas com flores amarelas.
A colocação de giestas faz-se no dia 30 de Abril para que as casas estejam floridas no momento em que começa o dia, para o «Maio», o «Carrapato» ou o «Burro» não entrarem. O «Maio» ou o «Burro» são entidades nocivas, cujo malefício se pretende conjurar com uma oposição de flores ou a manducação de certas espécies.
Seja como for, todos estes rituais pagãos estavam ligados ao rito da fertilidade para com o novo ciclo da natureza, à celebração da Primavera ou ao início de um novo ano agrícola. 

Mais tarde, houve necessidade de lhe incutir algum sentido religioso, promovendo a sua ligação à Festa da Santa Cruz ou ao Corpo de Deus. Esse facto pode justificar a lenda do Alto Minho, segundo a qual Herodes soube que a Sagrada Família, na sua fuga para o Egipto, pernoitaria numa certa aldeia. Para garantir que conseguiria eliminar o Menino Jesus, Herodes dispunha-se a mandar matar todas as crianças. Perante a possibilidade de um tão significativo morticínio, foi informado, por um outro "Judas", que tal poderia ser evitado, bastando para isso, que ele próprio colocasse um ramo de giesta florida na casa onde se encontrava a Sagrada Família, constituindo um sinal para que os soldados a procurassem e consumassem o crime... A proposta do "Judas" foi aceite e Herodes tratou de mandar os seus soldados à procura da tal casa. Qual não foi o espanto dos soldados quando, na manhã seguinte, encontraram todas as casas da aldeia com ramos de giesta florida à porta, gorando-se, assim, a possibilidade do Menino Jesus, ser morto.
          (texto retirado do site http://www.cm-mirandela.pt/index.php?oid=3810 de Ernesto Veiga de Oliveira)