sábado, 28 de agosto de 2010

E DEPOIS...

E depois, como não podia deixar de ser, os espectáculos.
Ir à Rússia e não ir assistir a nenhum espectáculo, seria imperdoável.
Portanto fomos ao ballet, às danças e folclore russo, ao circo.
As fotos são poucas porque, tirando as danças russas, era proibido recolher imagens.

Mas também não são necessárias porque as recordações e emoções foram tão fortes que ficarão para sempre na memória. O profissionalismo, a cor, o ritmo, a beleza dos espectáculos, a alegria dos artistas era excepcional.


Saimos de tal modo encantados com a leveza, proezas e graciosidade dos acrobatas que ,no fim do circo, dissemos que depois daquela maravilha, não iriamos a mais nenhum que não fosse russo ou ao Cirque du Soleil.


Vou terminar estas notas de viagem embora fique muito por dizer, muito por mostrar.
Estas foram e estão a ser, umas férias maravilhosas. Pena que estão a acabar! Mas também, é o elas serem tão curtas que as torna tão preciosas e apreciadas...

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

CISNES


Dizem que foi à beira deste lago que Tchaikovsky se inspirou para escrever « O lago dos cisnes».
No meio da cidade de Moscovo, num tour nocturno e depois de descer duma cosmopolita e barulhenta colina onde se juntavam os jovens da cidade, motards, universitários, rapers, bebendo tudo o que se pode imaginar e com uma vista lindíssima para a universidade de Moscovo e para o outro lado a cidade, esta visão serena do mosteiro masculino reflectindo-se nas águas, soube mesmo bem ao coração.
Qualquer um, aqui, se sentiria inspirado, mesmo a esta hora da noite, sem cisnes!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

METRO

O metro de Moscovo é uma das visitas obrigatórias na cidade. Todos nós sabemos, teoricamente, que são lindíssimos, bem preservados e limpos. Sabemos, mas ver ao vivo é outra história.
Cada estação é um enorme salão, com decorações espectaculares e diferentes, com lindíssimos candeeiros, inclusivamente em cima da linha, o que nos faz questionar como é que não caiem depois de passarem tantas composições ao dia.
Depois de viajarmos de estação para estação e de nariz no ar, pasmarmos boquiabertos perante tantas maravilhas, ficamos deprimidos.
Imaginemos isto em Portugal.
E num flash visionamos tudo sujo, papeis, latas e garrafas pelo chão, grafittis , tags e objectos fálicos pintados nas paredes e candeeiros à "banda", partidos e de lâmpadas fundidas , atingidos pela pontaria dos engraçados que acham que as coisas publicas são para eles se divertirem e estragar.
Pois, cada povo tem o que merece!





terça-feira, 24 de agosto de 2010

MUSEUS E PALÁCIOS

Quando parti para a Rússia ia um pouco apreensiva. As notícias dos incêndios à volta de Moscovo e as imagens das pessoas com máscaras aconselhadas a ficar em casa, faziam-me temer que a viagem iria ser reduzida a metade e ficaria com as férias estragadas.
Tive sorte, muita sorte.Como viajei directa a S. Petersburgo, perto do mar Báltico, o tempo era bem agradável. Nas vésperas de viajar para Moscovo choveu durante a noite e durante o dia foi limpando. Assim, no dia seguinte, depois de 4 horas de viagem de comboio, através de uma paisagem bonita mas monótona de planícies e florestas, cheguei a Moscovo, quente mas sem fumo e com visibilidade.
Os corredores de hotel ainda cheiravam a fumo, entranhado nas alcatifas, imagino o que não deve ter sido.
Como não podia deixar de ser visitei o Hermitage e o Museu do Kremlin.


Hermitage



Se no primeiro pude ver uma exposição temporária de Picasso, para além das obras constantemente expostas e que são belíssimas, foi realmente o segundo que mais me impressionou. Era proibido fotografar, em quase todos o sítios pagava-se uma taxa extra e podiam-se tirar fotos, mas aqui não.


Obras de arte no Hermitage

Dizia o guia que ali só estavam expostos 5% dos tesouros dos czares. Verdade ou não o que ali está é absolutamente espantoso em beleza, arte e riqueza.Evangelhos encadernados a ouro com dois mil diamantes e rubis, baixela de ouro e pedras preciosas, coroas de todos os feitios carregadas de pérolas ou diamantes, esmeraldas ou rubis. Até os cavalos bebiam por bacias de prata e os arreios eram de ouro, prata e pedras preciosas, muitas oferecidas de todas as partes do mundo. Indescritível! Compreendemos melhor que o povo gelado e faminto tinha mesmo que se revoltar perante o escândalo de tanta riqueza.
Ainda hoje choca ver o contraste entre este luxo e as casas de madeira velhas e degradadas, no campos, nos arredores de Moscovo

E os palácios? Para além de serem aos montões, eram liiiindos! Dois ou três de Inverno, dois ou três de Verão, mais uns tantos construídos de presente para os amantes, imaginam...?!




Palácio de Verão, arredores de S. Petersburgo, ao fundo o mar

Por todo o lado e a propósito de tudo dois nomes surgem: Pedro o Grande e Catarina a Grande ( só esta em amantes e palácios, bom ...), seguem-se mais dois muito ouvidos, Ivan o Terrível e Isabel. Dos Romanov só os mausuléus e a breve história da sua morte, dos outros czares nem falar.



Mausuléu dos Romanov, Capela de S.Pedro e S.Paulo,S. Petersburgo

domingo, 22 de agosto de 2010

CÚPULAS DOURADAS

... recortadas contra o céu azul, invariavelmente encimando catedrais e igrejas brancas ou vermelhas.
Agora percebo porque chamam muitas vezes a esta terra " Santa Rússia". É impressionante o número de igrejas ortodoxas que encontramos por todo o lado!

Deixo-vos aqui algumas das que visitei e apesar de parecerem, não são as mesmas. A dada altura perdi-lhes os nomes porque de tão parecidas por dentro e por fora, já ia na minha cabeça uma grande confusão e preferi apreciar-lhes só a beleza, já que não pretendia fazer nenhuma tese sobre elas. Aqui tudo o que reluz é mesmo ouro, calculem as toneladas, mas esperem até eu vos mostrar os interiores...


Em Sergiyey Posad, a 160 Km de Moscovo, onde se situa o Santuário do patrono da Rússia e onde se encontrava o Patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, que suponho que seja aquele que benzia na foto em baixo, assisti (por acaso) à celebração da festa do mel. Gente de todo o lado levava mel, garrafas de um líquido amarelo com mel, para ser abençoado e visitavam o túmulo de S. Sergiyey.

No meio da multidão, à passagem da procissão, levei literalmente um banho, com a benção dada por este sacerdote que, com ar divertido, aspergia energicamente água benta, para todos os lados. Como estava um calor sufocante agradecemos a benção da água fresquinha, duas vezes!

De baixo daquela cúpula negra havia uma fonte de duas bicas, donde jorrava a água mais fresca que se pode imaginar e que as pessoas bebiam, molhavam as mãos e a cara e engarrafavam para levar para casa, por ser milagrosa.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

доброе утро

Que é bom dia em russo e soa a dobre utro.

Regressei!
Meu Deus e como pareceu imenso o tempo que estive fora!
Tantas coisas que fiz, tantas coisas que vi, os dias pareciam ter o dobro do tempo que têm aqui.
Estou cansada, absolutamente estourada, gastei as pernas de tanto andar, os olhos de tanto ver, o cérebro de tanto tentar assimilar.
Preciso de férias para descansar das férias.
Mas foi bom, muito bom.
A Rússia é grandiosa, espectacular, monumental.
Tanta catedral, tanto palácio, tanto museu, tantos tesouros riquíssimos, tanta arte por todo o lado. Nunca tinha visto tanto ouro junto!
Surpreendeu-me em todos os aspectos. Superou as minhas expectativas.
Ah, e curioso, encontrei muito poucos vestígios da Revolução Socialista, tirando um outro símbolo esculpido na fachada de um prédio ou uma ou outra estátua ou busto de Lenine, diria que por ali não se passou nada de 1917 a 1991. Mesmo assim mais em Moscovo do que em S. Petersburgo.
Nota-se que fizeram um grande esforço para devolverem às cidades a grandiosidade dos Czares, investiram bastante em recuperar o que tinha sido destruído nessa época e hoje apostam fortemente no turismo e como dizia a nossa guia, vive-se o capitalismo desenfreado.
Foi pena termos vindo todos com problemas intestinais, apesar de só bebermos água de garrafa, e mais magros pois se nos primeiros dias a comida era uma novidade, depois já ninguém aguentava tanta salada onde o pepino imperava, tanto borsch ou outras sopas parecidas, tanto guisado de carne com legumes, em restaurantes típicos. No hotel, ao jantar, a comida, embora continental, é sempre a mesma. Mas como dizia um amigo come-se para viver e nós não fomos à Rússia para comer.
Quando estiver mais descansada e organizar as fotografias mostro mais do que vi.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

FROM RUSSIA WITH LOVE


Um postal mandado do comboio entre S.Petersburgo para Moscovo...
Catedral do sangue derramado ou da Ressureição de Cristo