sábado, 29 de dezembro de 2012

FIAR

Esta é a primeira meada da lã que eu fiei. 
Estou muito contente com o meu trabalho!
Ainda falta lavar para ficar mais macia mas tenho que esperar que venha o sol porque o tempo anda muito frio, molhado e cinzentão.


Esta é a segunda meada de lã branca e lã castanha que fiei e misturei. Coloquei-a hoje no sarilho.


Esta é a camisola que ando a fazer, sentadinha ao lado da minha mãe, às tardes, enquanto lhe faço companhia, e que está quase pronta.
É um modelo da Kate Davies, feita com agulhas circulares e sem uma única costura.


E claro que é muito bom sinal que já me apeteça escrever no blogue, outra vez, e que tenha tempo para o fazer. A minha mãe está melhor e mais autónoma e isso dá-nos ânimo a todos.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Bom Natal


« Deus mora onde o deixarmos entrar »


Bom Natal a todos os meus amigos reais e virtuais.


domingo, 23 de dezembro de 2012

SSCS PARCEL ARRIVED

Finalmente chegaram os meus presentes da minha amiga secreta no SSCS.
Não admira que tenham demorado um pouco a chegar, já que a encomenda veio lá da Austrália, enviada pela Sandy.



Importa sim, que tenha chegado antes do Natal, já que a ideia é abrir os presentes nesse dia.
Para já mostro o lindíssimo ornamento para a árvore de Natal e que está muitíssimo bem bordado. Já está lá colocado.Depois, quando abrir o outro embrulho, mostrarei o que ela me ofereceu mais.

Para todas as que tão amavelmente me têm animado e se têm preocupado com o estado de saúde da minha mãe, vai o meu sentido agradecimento. Ela já teve alta do hospital, ontem, e estamos todos a adaptarmo-nos a novas rotinas e ritmos. Não está a ser fácil mas o importante é que ela está de novo connosco e lá nos havemos de arranjar.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

AVC

Num fim de semana chiripitis à vida, no outro a dor.
A minha mãe teve um AVC.

A minha alma negra, negra, negra viveu dias de imenso pesar e dor.
Acho mesmo que não há palavras para descrever a noite que se abateu sobre mim.
A minha mãe viveu oito dias numa unidade de AVCs e está há 15 dias internada, eu acampei no hospital e o meu coração esteve também, lá, internado com ela.
A Madaleninha (como chamamos à minha mãe, quando era pequenina), a do retrato dos cinco anos, sorridente e feliz, de franjinha, vinha-me constantemente à memória e vi-a enrolada no teu corpo fragilizado e doente, abandonado naquela cama de hospital e nas palavras infantis e perturbadas que pronunciavas.
Tão assustada como ela, queria pegar-lhe na mão, levá-la dali e fugirmos. Escondermo-nos no canto do meu escritório, abandonarmo-nos à música calma das tuas palavras, à lengalenga da tua conversa sobre política, religião e todos os temas que te preocupavam, como em tantas e tantas tardes em que tu, mamã, falavas interruptamente e eu cosia trapinhos, soltando uns breves "hum-hum".
Mas desta vez estar atenta, "sem desligar o aparelho", embalada na saudade da tua ausência, no temor de que podia ser o nunca mais.
Felizmente a medicação feita a tempo, os cuidados de todos e a vontade de Deus, fez com que recuperasses bastante.
O perigo existe.
A recuperação total é lenta.
Mas a transferência para o serviço de neurologia tornou o negro em cinzento escuro e nos dias em que estás melhor em cinzento mais claro...
E com fé esperamos todos que em breve possas regressar à rotina dos nossos dias e, se a vida  não voltar a ser a mesma coisa, podermos, mesmo assim, congratularmo-nos com a presença uns dos outros.