segunda-feira, 13 de julho de 2015

MIL SÓIS RESPLANDECENTES

Contrariamente ao que seria de esperar, a cada livro que leio agiganta-se a incompreensão e o horror sobre esta guerra estúpida e interminável do Médio Oriente.
Agiganta-se a noção de que as notícias banalizadas, que nos entram em casa todos os dias, nos telejornais, sobre as mortes, chacinas, atentados, são sobre pessoas reais com os mesmos sonhos, as mesmas ilusões, amores e desamores que os nossos e não obra de ficção de um filme qualquer.
Sobem-me aos lábios preces mudas e acções de graça a Deus por viver em paz e, a crise, as politiquices, os dramas pessoais esfumam-se rapidamente ou reduzem-se à insignificância que têm, no decorrer pacífico dos meus dias.


As férias aproximam-se e começo a ter tempo para por a leitura em dia. Para mim, férias e livros sempre andaram de mãos dadas.

« Não se podem contar as luas que brilham sobre os seus telhados
Nem os mil sóis resplandecentes
que se escondem por trás dos seus muros»
Saib-e-Tabrizi, poeta do séc. XVII, sobre Cabul

Este é uma narrativa apaixonante e envolvente que se lê de um fôlego, sem lamechices nem cargas políticas ou juízos de valor,  que nos leva através da vida das pessoas, ao longo dos anos e como a religião, os costumes, a moral, a guerra, vão modificando as suas vidas.

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