O que é bom acaba depressa!
É certo que esta escapadinha a Bremen, não passou disso mesmo, um fim de semana prolongado para "matar" a rotina, espairecer e ganhar forças para a recta final...
Vou deixar aqui uma espécie de mini roteiro, não por pretensão mas porque pode ser útil a quem lá queira ir em breve. Eu, antes de ir, encontrei algumas coisas aqui e ali, em blogues brasileiros e foram-me muito úteis.
Marktplatz, a sala de visitas da cidade, com a estátua de Rolando, de 1404, sobrinho do líder do Sacro Império Romano que defendeu a Europa da invasão islâmica em 800 D.C. e símbolo da defesa da liberdade; a Rathaus, a câmara de Bremen, uma das mais belas da Alemanha, um fascínio para o olhar que vai descobrindo pormenores em cada canto; o Schuting, câmara do comércio e, num dos lados da Rathaus, os famosos músicos de Bremen.
A Catedral, S. Petri Dom, imponente, começada a construir em 791 sofreu várias reconstruções e remodelações ao longo dos tempos, quer devido à destruição pelo fogo, como pelas invasões, como por desastres naturais... Hoje pertence à Igreja Evangélica alemã, foi luterana, calvinista mas a arquitectura e o trabalho de decoração mostram bem que já foi católica.
A Böttcherstrasse, uma pequena rua de 100m que ligava a praça ao rio Weser com o painel em relevo de ouro, e a Haus des Glockenspiels com o carrilhão que toca sempre às 12h, 15h e 18h, abrindo literalmente uma das paredes em tijolo e mostrando uma série de figuras, homenagem aos argonautas dos descobrimentos e do início da aeronáutica. Fiquei muito zangada porque nem vi lá o Vasco da Gama, nem o Gago Coutinho e Sacadura Cabral ... coisas!
E depois o Schnoor... bairro de arquitectura original, do séc.XV a XVI, antigo bairro de pescadores, hoje bairro de artesãos, com lojinhas absolutamente deliciosas e souvenirs para todos os gostos e bolsas, das poucas coisas abertas ao domingo. Há ruas estreitinhas com pouco mais de 60 cm de largura.
A Church of our Lady, estava em obras mas o que estava à vista era absolutamente delicioso...
A praça dos bancos (de dinheiro), num dos lados da catedral, onde se encontra a famosa Spuckstein, pedra de cuspir, hábito pouco higiénico mas de repúdio, no local onde foi guilhotinada publicamente a última pessoa, uma mulher, em 1831. Eu não percebi se o repúdio é por ela ter sido guilhotinada ou ser uma assassina de 13 pessoas.
A não perder o Schlachte, um passeio à beira rio, onde sexta e sábado à noite parece S. João, com gente de todas as idades que se passeia, janta e bebe umas valentes cervejas, no meio de grande algazarra, gargalhadas e boa disposição.
Isto assim que o bom tempo o permite, o que foi o caso, 30º na sexta e nem uma aragem!
Depois, ao sábado e domingo de tarde, toda a gente se passeia, apanha sol, uns a pé, de bicicleta, de patins ou skates e vão-se refrescando com mais cerveja até chegar a happy hour para começarem os cocktails...