AROMÁTICAS

Já que o tempo abunda e não há muito que fazer, nem que me apeteça fazer (acho que é por isso que se chamam férias), resolvi colher algumas aromáticas e começar a secá-las.

Estas são uma mistura para fazer ervas de Provence.

Misturei uns ramos de segurelha, tomilho, alecrim, estragão, salva e orégãos, cortei tudo muito miudinho e agora vão secar à sombra. Claro que as porporções entre elas não são bem iguais, mas eu fiz mais ou menos a olho, segundo o sabor de cada uma delas.

FLORES

Basta um pequeno nada, flores simples colhidas aqui e acolá, para enfeitarem uma jarra, colorirem a nossa vista...

perfumarem os nossos dias e noites...

e aumentarem a sensação de descontração nas nossas (finalmente) férias!

PÁ DE PORCO ASSADA

Apanhei um programa na televisão, um destes dias, de uma ex-modelo, Lorraine Pascale, que eu não conhecia mas que fez umas receitas que me agradaram bastante.

Esta é uma delas, ligeiramente modificada, pois, como não tomei notas, foi mais ou menos o que me ficou na memória e mais umas coisas que me pareceram bem.

PÁ DE PORCO ASSADA

Peguei numa pá de porco desossada  mas ainda com o couro e coloquei-a num recipiente com água, sal, louro e rodelas de limão. Deixei-a no frigorífico de um dia para o outro.

No dia seguinte, coloquei-a numa panela, cobri com água fresca, temperei com sal, uma estrela de anis, meia dúzia de cabeças de cravinho, uma malagueta picante. Cozi-a durante duas horas.

Retirei a pá, colquei-a numa assadeira, fiz uns golpes em diagonal no couro, espetei cravinhos nos cruzamentos, temperei com uma mistura de mel, molho de soja, molho inglês, cebola e pimento vermelho e verde às rodelas. Assei até ficar dourada.

Vantagens? A carne fica super tenra e saborosa, como uma espécie de fiambre grosseiro e cá em casa toda a gente gostou, comeram tudo, preferiram e acharam uma alternativa melhor à tradicional pá de porco assada.

SANGRIA...

...Para matar a sede e agregar amigos em torno de uma amena cavaqueira. Não há nada de melhor.

E como não há duas sem três, esta foi feita cá em casa para refrescar o jantar.

Não há segredo nenhum numa sangria e todos devem ter receitas próprias. Por incrível que pareça eu nunca tinha feito.

Esta receita foi-me dada pelo marido de uma amiga e gostei muito do resultado.

SANGRIA

1 garrafa de um bom vinho maduro tinto (neste caso um alentejano)
meia garrafa de fanta de laranja
meia garrafa de 7up
1 cálice de licor Beirão (como não tinha usei vermute branco)
um pau de canela
um raminho de hortelã
1 pêssego descascado e partido aos bocadinhos
meia dúzia de morangos em pedacinhos

Mexe-se tudo muito bem e vai ao frigorífico. Serve-se bem gelado.

CALOR

Com o calor que está não apetece fazer abso - lu - ta - men - te nada.

Eu, que passo muito melhor com o frio do que com o calor, durante o fim de semana passo as horas literalmente de molho na piscina. À semana contento-me com o chuveiro mas, ainda mal saí do banho, já estou a precisar de outro.

No meio de tanta água, vou acabando relatórios e mais relatórios, com os olhos postos na luz (não ao fundo do túnel) das férias a acenarem-me aí, já tão pertinho de mim...

Para distrair e quando o fresco permite, vou bordando esta toalha de linho cru, com linha branca e que há-de levar uma renda a toda a volta.

GRRRRRRAAUUUUU

Ó pra mim todo provocador, a pedir brincadeira, enquanto a minha dona pensa como me vou chamar...ehehehe! Grrrrrrrraaaaaauuuuuuuu.

SOPA DE BACALHAU COM POEJO

Sopa é coisa que não apetece muito com este calor mas não resisti em usar o meu poejo, que está  na horta das aromáticas, viçoso, perfumado e a gritar comam-me.

Vai daí, aquilo que me pareceu mais evidente foi fazer uma sopa de bacalhau, alentejana, com muito poejo.

Fervi uma posta de bacalhau demolhado em água com sal, lasquei-o e reservei.

No fundo de tigelas coloquei pão rústico cortado às rodelas, esfregado com alho.

Num tacho deitei azeite, uns dentes de alho e cebola picada, alourei um pouco.

Adicionei tomate aos pedaços, sem pele nem sementes, um pouco de polpa de tomate, a água de cozer o bacalhau e um molho de poejo picado.

Rectifiquei os temperos, sal e pimenta.

Por fim juntei o bacalhau e um ovo batido para ficar esfarrapado.

Deitei uma boa porção deste caldo, a ferver, em cima do pão e servi de imediato.

A explicação do processo parece morosa mas o caldo faz-se num instante.

Bom apetite!