Finalmente em casa para recomeçar a rotina após a Páscoa.
Quinta-feira chegou a minha filhota, ai que saudades meu Deus!
Sexta foram os anos do filhote, fazer uma festa que ele merece!
Sábado zarpei rumo a Trás-os-Montes onde as festividades desta época ainda são tradicionais e genuinas! O repicar dos sinos à meia-noite anunciando a ressurreição de Cristo, o compasso entrando em todas as casas, o folar salgado de boas carnes fumadas, a missa cantada com homens a um lado e mulheres a outro, alternando os versos, os falsetes e graves das vozes!A Procissão com a cruz de prata debaixo do pálio escarlate, trazendo-nos à memória João Vilaret declamando, embora esta não tenha anjinhos nem regedor!
Os encontros de emigrantes e imigrados, que isto pelo menos uma vez por ano tem que ser!« Oh, pá é preciso vir aqui para nos encontrarmos... Há quanto tempo, que tens feito?...Vê lá se desta vez telefonas... São os teus filhos? Já nem os conhecia!...»
A alegria a pairar no ar, as caras sorridentes, as cidades atiradas para trás das costas, o trabalho esquecido, a meninice recuperada, as recordações revividas, recontadas, uma gaita de foles e um bombo pontuando ao longe a tagarelice, um copo de vinho e um doce sinal da hospitalidade, e não adianta dizer que não, que o almoço ainda está aos saltos...
A Páscoa acabou, o regresso traz consigo a chatice do recomeçar, mais uma etapa até às ansiadas férias do Verão e ao merecido e mais prolongado descanso!
Quinta-feira chegou a minha filhota, ai que saudades meu Deus!
Sexta foram os anos do filhote, fazer uma festa que ele merece!
Sábado zarpei rumo a Trás-os-Montes onde as festividades desta época ainda são tradicionais e genuinas! O repicar dos sinos à meia-noite anunciando a ressurreição de Cristo, o compasso entrando em todas as casas, o folar salgado de boas carnes fumadas, a missa cantada com homens a um lado e mulheres a outro, alternando os versos, os falsetes e graves das vozes!A Procissão com a cruz de prata debaixo do pálio escarlate, trazendo-nos à memória João Vilaret declamando, embora esta não tenha anjinhos nem regedor!
Os encontros de emigrantes e imigrados, que isto pelo menos uma vez por ano tem que ser!« Oh, pá é preciso vir aqui para nos encontrarmos... Há quanto tempo, que tens feito?...Vê lá se desta vez telefonas... São os teus filhos? Já nem os conhecia!...»
A alegria a pairar no ar, as caras sorridentes, as cidades atiradas para trás das costas, o trabalho esquecido, a meninice recuperada, as recordações revividas, recontadas, uma gaita de foles e um bombo pontuando ao longe a tagarelice, um copo de vinho e um doce sinal da hospitalidade, e não adianta dizer que não, que o almoço ainda está aos saltos...
A Páscoa acabou, o regresso traz consigo a chatice do recomeçar, mais uma etapa até às ansiadas férias do Verão e ao merecido e mais prolongado descanso!
Deixo-vos com a foto do bolo que fez o filhote, com receita tirada do «Tesouro das Cozinheiras», de Mirene, e que ficou um espectáculo de sabor e para os olhos, merecendo elogios de todos.
16 comentários:
O rapaz é muito novo para mim não é? Que chatice, era tão bom ter-te como sogra he he
Aqui sempre conheci a tradição do compasso, todos os anos levo um banho de água benta! Devem achar que sou muito pouco católica :)
(Ó pra ela a fazer-se ao rapazinho... eheh)
Noémia, que nostalgia com esse teu belo relato.
Adoro passar a Páscoa na terra da minha mãe (uma aldeia perto de Viseu), é muito bonito. O padre (e um grd séquito) tb ainda vai a casa das pessoas para "dar a cruz a beijar". Depois a malta vai beijar a cruz a casa de não sei quantos parentes, senão "parece mal"... e sempre se vão comendo umas guloseimas e bebendo uns copitos...
No Alentejo a única tradição que permanece é comer borrego! Tb não é mau...
Bjs
Minhas queridas ele fez os profiteroles, recheou-os, fez o bolo, montou tudo e ficou este luxo. Eu nem à cozinha fui.Digam lá que não tenho um filhote prendado!
Quanto à idade, Ameixa,neste caso,acho que ainda é considerado pedofilia porque o rapaz só tem 16. Daqui a uns anitos, 10 de diferença nem se notam e eu até gosto de ti para nora! Só tens que esperar e ter sorte...é que a fila é grande! hihihi!
Cláudia, onde eu estive é tal e qual, beijar a cruz, andar de casa em casa, banhos de água benta como à Ameixa...:)
Esqueci-me de dar os parabéns ao filhote!
E não é que ele é mesmo prendado? Imagino que a fila deve ser mesmo grande...
Bjs
já vi que a festa foi animada! (não estou a falar da páscoa, estou a falar do vosso encontro!!)
as minhas páscoas de infância também eram assim, agora nem dou por ela!
Beijinhos!
Eu nunca passei a Páscoa na aldeia mas imagino, o bom que deve ser. Desde casei, recebo o compasso em casa dos meus sogros, o pessoal é todo conheceido e depois da reza, ainda dá para brincar um pouco. Quanto ao filhote, sorte a tua mesmo. Um rapaz assim não se pode perder. Beijinhos
Sabe sempre bem o reencontro com as tradições! Como sempre, pintas retratos com palavras... Uma delícia!
Parabéns ao prendado filhote! Parece que herdou de alguém o gosto pelos petiscos... ;)
Obrigada, Cláudia! Uiiiii, nem imaginas a fila!:)
Saltapocinhas, foi mesmo uma festa, tu estavas pertinho, podias ter cá dado um saltinho.:)
É sorte sim, Zé, vou ver se não se perde mesmo, porque é um bom menino!:)
Sandra, obrigada por mim e pelo filhote. Ainda bem que herdou o gosto por coisas boas e o exemplo não foi mau! :)
Olá, Noémia! Que Páscoa tão tradicional a tua!
As minhas Páscoas até à adolescência também foram assim, e na minha terra ainda continua a tradição de beijar a cruz, abençoar a casa, o compasso de com o Senhor Prior e Cia., e as verduras em frente às portas para a recepção dos convidados, etc...
Como "fugi" para a cidade, acabei por perder esse hábito, mas tenho saudades!
O bolinho ficou um must, mas...e a receita? hehehe
Beijókas doces!****
São tão bonitas essas tradições da Páscoa no Norte. Espero que nunca se percam. Fazem parte do nosso património cultural que é muito rico.
Bolo de Profiteroles? Também quero!
Bjs
Mary, não escrevi a receita porque não fui eu que fiz o bolinho! Se quiseres eu copio-ta do livro e mando-ta! :)
Cláudia, bolinho já não há...para a próxima!:)
Com que então a Ameixa, hein, vamos ter casório???ehehehe, que malandrinhas somos, agora a sério que tenhas tido uma Páscoa super feliz que já deu para ver que foi, bjs.
Oi Noêmia,
Que linda a tua descrição da semana da Páscoa, escreves de uma maneira muito poética. Parabéns pelos dotes culinários de teu filho.Deve ter ficado um espetáculo essa gulozeima.
Obrigada Regina, escrevo como sinto, não sei se muito bem, mas tento transmitir o que vivo! :)
Amiga, jurava que tinha deixado um comentário aqui!!! Cadê??? Acho que sonhei com esse bolo!!!!
Beijinhos
Não fiz delete em nenhum comentário, muito menos num seu!:)
O bolinho era um sonho mesmo mas já acabou.
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