Acabei de ler «A cabana».
Aqueles que me costumam visitar por aqui sabem que não é o tipo de livro que costumo ler, não é o género nem o tipo de escritores que me seduzem.
Então como é que fui ler este livro?
Várias vezes peguei nele, na FNAC, folhei e voltei a pousá-lo. Ele está em grande evidência em todos os escaparates. De novo passava numa livraria e sentia-me atraída por ele. Voltava a manuseá-lo, a ler um pouco aqui e ali, e voltava a largá-lo.
Todos sabem que adoro neve, que o meu sonho seria viver 2 a 3 meses numa cabana aí para a Noruega ou Suécia, para ter a noção do tempo a passar, para sentir-me isolada do mundo e das suas "coisas" numa espécie de retiro espiritual e de encontro. Só comigo e com a minha família, sim, que eu não queria ir só! Pois, se calhar, era este desejo latente que me atirava para aquela capa azul, para aquele branco de neve e para o título sugestivo. Se repararem bem aquela capa irradia uma luminosidade cintilante, quase.
Acabei por ler o livro on-line.
Li-o e gostei.
O livro pede para não contarmos a história mas para divulgarmos a nossa opinião sobre ele. É o que vou fazer.
Na verdade é uma história dos nossos dias, uma tragédia que infelizmente acontece, demasiadas vezes nos últimos tempos, sobretudo no estrangeiro, o rapto e assassínio de uma criança. Um relato real, bem feito e que nos prende. Passam-se três anos e depois de algum mistério temos o pai da criança que regressa à cabana onde a tragédia se consumou. Depois, bem, depois temos um relato fantástico de Deus e da Trindade. Digo fantástico porque é das interpretações mais puras, poéticas e ...doces? Cativantes? Não sei classificar mas que nos toca completamente. E quem me conhece sabe que sou um rochedo, bem díficil de "tocar"!
Há um ou outro pormenor meio desconcertante, naif, próprio da cultura americana. Mas tirando esse facto e o de eu ter lido a tradução brasileira, o que tirou 1/3 da beleza ao texto, tenho a certeza que todos gostarão do livro. A história, independentemente das crenças religiosas, vale a pena ser lida, experimentem!
Não estive na neve em nenhum daqueles países que desejava, mas estive numa cabana.
Em vez de retiro espiritual, tive mais uma reflexão religiosa.
O tempo, esse passou rapidamente!
Ah, e não sei porquê mas ando a trautear o José Cid!
A maioria de nós tem suas próprias tristezas, sonhos partidos e corações feridos, cada um viveu perdas únicas, nossa própria "cabana".
Oferece uma das visões mais pungentes de Deus e de como ele se relaciona com a humanidade.
http://theshackbook.com/