Hoje faz 16 anos que a minha avó materna morreu.
Como viveu sempre muito perto de nós a minha mãe deixava-me com ela quando ia dar aulas.
Como viveu sempre muito perto de nós a minha mãe deixava-me com ela quando ia dar aulas.
A minha infância e adolescência decorreu sempre ao seu lado.
Eu chamava-lhe « mãe» por ouvir a minha a chamar-lhe assim e eu sempre fui para ela « a menina».
Recordo-a serena, ponderada, discreta, vaidosa e sempre com um trabalhinho atrás dela. Dava conselhos sábios como quem não quer interferir na vida dos outros.
E eu era a sua companhia das saídas matinais às compras, aqui e ali. Comprou-me uma cestinha de plástico a imitar verga entrançada, na época em que o plástico era um luxo, e aí iamos nós a caminho da Ribeira, ao peixe fresco e ao mercado ( no tempo em que ainda havia mercado na Ribeira). De tudo o que comprávamos metia-me um exemplar na dita cesta e lá vinhamos carregadas para casa.
O último sítio por onde passávamos era a casa da esquina com a praça do cubo onde me comprava, sempre, dois chupas de caramelo cobertos de baunilha.
Nas saídas à tarde quando às vezes desciamos a rua das Flores , parávamos na pastelaria " A Vianense" e comprava-me, invariavelmente, um mil folhas que eu adorava.
Em sua homenagem hoje comprei este Mil Folhas que comi deliciada.
Mais tarde, já na adolescència, encobria-me as saídas para ir ter com os amigos e levantava-me os castigos, como se não soubesse deles.
Criamos uma relação de amor e cumplicidades!
Hoje a minha mãe lembrou-me a data e perguntou.me:
«- Tu não ligas muito a estas "coisas" pois não? ». Não respondi.
Se calhar não dou muita importância...mas é porque há pessoas que não morrem...estão sempre vivas no nosso coração...!
Today is the 16th aniversary of my grandmother's ( my mother's mother) death.
As she always lived close to us, my mother used to leave me with her when she went to teach at school.
I spent all my childhood and my teen ages by her side.
I called her "mother" because of hearing my mum calling her that way, and I had always been to her "the little girl".
I remember her being serene, ponderous, discrete, ... and always with the crochet and knitting with her. She used to give wise advices, without wanting to interfere in anyone's life.
We created a relationship of love and cumplicity!
In the afternoon walks, when we sometimes went down Rua das Flores ( Flowers Road ) we stopped at the bakery "A Vianense" and she, invariably, bought me a "mil folhas" cake (this one) which I adored.
Some people never die...are always alive in our heart...!
As she always lived close to us, my mother used to leave me with her when she went to teach at school.
I spent all my childhood and my teen ages by her side.
I called her "mother" because of hearing my mum calling her that way, and I had always been to her "the little girl".
I remember her being serene, ponderous, discrete, ... and always with the crochet and knitting with her. She used to give wise advices, without wanting to interfere in anyone's life.
We created a relationship of love and cumplicity!
In the afternoon walks, when we sometimes went down Rua das Flores ( Flowers Road ) we stopped at the bakery "A Vianense" and she, invariably, bought me a "mil folhas" cake (this one) which I adored.
Some people never die...are always alive in our heart...!
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