domingo, 28 de dezembro de 2008

CARPACCIO de FRUTA



Esta é uma sobremesa rápida, saborosa e com boa apresentação. Para combater os excessos dos doces e das carnes, sabe bem terminar a refeição com algo fresco e digestivo.

Cortei ananás e laranjas bem finas, dispus num prato, reguei com um caramelo claro feito na hora, com 150 gr de açucar e um pingo de água, polvilhei com canela. Todos gostaram muito e é para repetir certamente.

sábado, 27 de dezembro de 2008

HIBERNAR



O Inverno está aí, frio, muito frio, chuvoso e com neve nas terras altas.

Não dá vontade de sair nem de fazer nada. Assim, enrosco-me no sofá, em frente da lareira, agarrada às agulhas e lã, de mais umas meias, só como pretexto, de canto do olho na televisão, a descansar de tanta cozinha, tanto doce e comida.

Hibernar como os ursos mas por pouco tempo...vem aí o segundo round, com a passagem de ano...e depois, acabou-se o descanso!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

PRESÉPIO


Porque Ele é o princípio e o fim...porque celebramos o Seu nascimento...e é por Ele que estamos em festa...

Desejo que em todas as vossas casas, em lugar de destaque, Ele brilhe na vossa noite ou melhor, no vosso coração.

FELIZ NATAL

domingo, 21 de dezembro de 2008

NATUREZA





A natureza também se veste com as cores natalícias. Adoro estas flores cor de fogo e amarelo que em contraste com o verde da natureza proporcionam um espectáculo para os olhos!

sábado, 20 de dezembro de 2008

ARROZ DE PENCA COM COSTELA

No campo não há nada que fazer, sobretudo depois do anoitecer, o que nesta altura do ano é muito cedo. Além disso o ar do campo abre o apetite...

Tudo isto para dizer que às seis da tarde já andava pela cozinha a pensar o que iria ser o jantar. E foi nada mais do que um belo tacho de arroz malandrinho com costela e penca.

Alourei uma cebola picada em azeite, juntei 2 tomates aos bocados e a costela que tinha partido e temperado com alho (muito), vinho branco, louro, piri-piri e pimentão, durante uma hora ou duas. Juntei água e deixei estufar.

Preparei os "olhinhos" das pencas e juntei-as às costelas, medi o arroz, o dobro da água e deixei cozer. Desliguei e servi imediatamente, malandrinho e no ponto.

A filhota já regressou dos Açores, para as férias do Natal. Claro que estou contente, radiante...já perceberam a ausência destes últimos dias, não? Pois, e ela não alinha nisto de arroz de costelinhas. Assim o jantar dela foi tofu com cogumelos, couscous e sésamo.


Numa frigideira com azeite, salteei os cogumelos, juntei as sementes de sésamo e deixei fritar ( o sésamo assim, dá um sabor mais intenso) . Temperei com molho de soja e juntei o tofu. Apurou um pouco, juntei os couscous já cozidos e ficou pronto a comer!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

RAQUELETTE





A primeira vez que comi raquelette foi em casa de uns amigos que viveram imensos anos na Suiça, fizeram uma almoçarada para os amigos que se revelou muito interessante pois cada um cozinhava o seu pedacinho. Enquanto se esperava a conversa rolava e prolongou-se numa amena cavaqueira.

Não sei se é um prato típico da Suiça uma vez que já o comi em Chamonix, num lindíssimo restaurante (tirei fotos mas não sei onde param), mas é um prato de resistência, bom para comer no Inverno, com um frio de rachar ( que é o caso de hoje) ou com neve à volta, que aqui não há mas bem podia haver!

RAQUELETTE

queijo raquelette partido em fatias de meio centímetro de largura (+ ou -)
presunto em fatias muito finas
chouriço às rodelas
salame York
e tudo mais que tiverem à mão
batatas pequeninas cosidas com casca, que devem ser mantidas bem quentes
paprika e pickles ou alcaparras

Fundamental é ter o grelhador próprio para derreter o queijo,em pequenas porções, sentadinhos à mesa, com as forminhas para colocar o queijo a grelhar e as espátulas em madeira para o retirar para os pratos.

Basicamente é assim , coloca-se tudo na mesa e enquanto o queijo derrete, coloca-se uma batata bem quente no prato, envolve-se com o presunto ou chouriço, deita-se o queijo derretido por cima, tempera-se a gosto e come-se.

Regra de ouro a não esquecer: Não beber água a acompanhar!

A explicação é óbvia, com a água o queijo endurece e forma uma bola difícil de digerir. Aconselha-se um bom tinto ou coca-cola ( está bom de ver porquê) !

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

BACALHAU À MARIA RITA



Maria Rita é um restaurante de uma antiga estalagem,tipo solar de família, no Romeu, pequena aldeia entre Mirandela e Macedo de Cavaleiros.
Já não vou lá comer há muito tempo, como não fica a caminho de coisa nenhuma, ou se vai lá comer de propósito ou não se vai.
Este prato foi lá que o comi pela primeira vez e é óptimo para aproveitar as sobras do Natal que se avizinha, como alternativa à tradicional “roupa velha”.
Eu fiz tudo de fresquinho porque não tinha sobras.

BACALHAU À MARIA RITA

Batatas
Cenouras
Couve penca
Bacalhau
Ovos
Azeite,sal e pimenta, 3 dentes de alho

Molho Béchamel: leite, maizena,manteiga, sal e pimenta ( eu misturo tudo e vai a lume lento, mexendo até engrossar ).

Cosi as batatas aos quartos, as cenouras às rodelas, as couves aos pedaços grandes e os ovos, numa panela de água com sal.Mais tarde juntei o bacalhau.

Depois de tudo cosido, escorri a água e deitei os legumes num recipiente fundo para ira ao forno. Espalhei por cima os ovos descascados e cortados às rodelas e o bacalhau às lascas. Reguei generosamente com azeite, polvilhei com pimenta e com o alho picado miudinho.

Cobri tudo com molho béchamel e foi ao forno a gratinar. Serve-se bem quente.

Viram porque é bom para aproveitar as sobras do Natal? É que já está tudo feito, basta colocar em camadas e fazer o béchamel.É um prato muito saboroso e com bom aspecto.
( Como adoro béchamel, exagerei um bocadinho e quando começou a gratinar veio por fora, daí estar um pouco desfalcado, em cima...e uma grande sujeira no fundo do forno, grrrr!)

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

NATAL


Para mim Natal tem várias cores, vários sabores, várias memórias.
O Natal da minha infância e juventude foi sempre passado no Porto e já só casada é que o vivi noutras paragens.
Enquanto pequena, sempre acreditei no Menino Jesus, que era ele que trazia os presentes, durante a noite. De manhã quando acordava, corria para o sapatinho que tinha deixado ao pé do presépio e ficava a desembrulhar tudo, bonecas, roupinha para elas, louça de brincar e sempre, sempre os guarda-chuvas e lápis de chocolate da Regina.
Ficava muito caladinha para poder estar sozinha a saborear bem a minha alegria sem ter que a demonstrar e partilhar com os outros. Os meus pais, esses, estavam sempre na expectativa de que eu acordasse, para ficarem a espreitar a minha alegria que compensava o seu esforço e trabalho.

Um dia, tinha eu seis ou sete anos, dei uma tareia monumental num amigo meu de nove ou dez anos a quem a minha mãe dava explicações de matemática. Enquanto ela saiu da sala para ver o almoço, provavelmente, e ele devia fazer os exercícios marcados, veio conversar para a minha beira. Mais coisa menos coisa, o Natal que estava próximo veio à baila e ele, amoroso grrrrrr, resolveu contar-me que quem dava os presentes eram os pais e não o Menino Jesus. Passou-me uma coisinha má pela frente, desatei à bofetada e ao pontapé a ele, a dizer que não era verdade, que não... deitei-o ao chão, saltei-lhe para cima, sempre a bater... e foi assim que a minha mãe nos encontrou! Difícil foi convencê-la do que se tinha passado sem lhe contar o verdadeiro motivo da zanga.

Perto do Natal chegava sempre uma encomenda dos meus avós paternos. Vinha de comboio desde o vale da Vilariça, um enorme cesto quadrado, coberto de pano grosso e branco, cosido com linha grossa aos bordos do vime. O meu pai pousava-o na mesa da sala das refeições e quando o abria já começava a ser Natal. Muitas das coisas que eu gosto estão associadas a esse cesto. Alheiras, chouriças doces, salpicões, tudo feito em casa da minha avó, alcaparras ( azeitonas descaroçadas e curadas verdes), mel, queijo de ovelha curado, nozes, amendoas, romãs...

Natal era também, todos os anos, a caixa em folha pintada, de bolachas sortidas e a garrafa de vinho do Porto que a mercearia donde gastávamos oferecia aos meus pais. Era o polvo seco, toda a espécie de bacalhau, e as barricas de madeira com peixe salgado, na mercearia da Rua das Flores. ( Comércio Tradicional e sem ASAE)

E eram as férias, e os meus pais que deviam achar que o Natal era das crianças e faziam questão de me levar ao circo no Coliseu. Aí, o Natal transformava-se em gargalhadas, cor e magia.

Natal, era o amor da minha mãe, que apesar de não gostar de costura nem tricot ( ainda hoje assim se mantém) andava escondida pelos cantos, cosendo pequeninos bocados de tecido ou tricotando com agulhas fininhas, que escondia rapidamente sempre que eu me aproximava, o que muito me intrigava, mas que deduzia ser daquelas coisas bizarras que os adultos tinham e a que as crianças não tinham acesso. Só mais tarde percebi que todos aqueles segredos eram os vestidinhos, casaquinhos e roupa das minhas bonecas que ela fazia. Naquele tempo não havia Barbies nem roupa de boneca pronta a vestir e a comprar!

Os meus avós maternos viveram sempre perto de nós, às vezes até na mesma casa. Natal doce eram as rabanadas, as filhós, os sonhos, o arroz doce que a minha avó começava a fazer bem cedo e o cheiro do limão e da canela que pairava por todo o lado. Hoje herdei eu essa função!

Natal, foi aflição quando percebi que, afinal, não era o Pai Natal, nem o Menino Jesus... eram os pais...mas sabia tão bem! E agora que eu já sabia? Ia deixar de ter os meus presentes? Não, o melhor era acreditar, fazer que acreditava! Os meus pais devem ter pensado que eu era meia lerdinha...12 anos e a ainda a acreditar no Pai Natal? A miúda não é normal...!

E depois, que já estava mais crescidinha e informada oficialmente de que não havia Pai Natal, os presente continuaram.

Natal, foram os meus primeiros sapatos de tacão alto que o meu avô materno me ofereceu, comprados na Vogue, a melhor sapataria do Porto. O meu avô tinha um fetiche por sapatos bons! As sombras em baton, azul bébé, com que eu pintava os olhos, aos 13 anos, quando ia para as aulas e que esfregava com um lenço antes de entrar em casa, para os meus pais não verem!

Natal, são todos, todos os anos até este, e mais os vindouros! Mas isso fica para outro capítulo.

BOM NATAL! HO, HO, HO, HO,

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

SSCS MAIL


Hoje, quando ia a sair de casa, o meu porteiro entregou-me uma encomenda, uma grande caixa com o selo SSCS. Fiquei logo com vontade de a abrir só que ia para uma reunião, não tinha comigo a máquina fotográfica e era pressuposto que eu não a abrisse antes do Natal.
O remetente dizia Lynn, USA. Uaaaau!
Quando regressei, lá trouxe a caixa, pousei-a na mesa onde trabalho e comecei a fotografá-la...mas como iria resistir sem a abrir?
Vira de um lado vira do outro e pensei, «Bem o que vem lá dentro deve estar embrulhado por isso vou só espreitar». Lá peguei numa tesoura para cortar a fita cola, espreitei...« ãh,ãh, está bem embrulhado! »
Toca a desfazer a caixa e três lindos embrulhinhos, ali, tão bonitinhos a olhar para mim...mais umas fotos e pronto. A acompanhar uma linda carta que a Lynn escreveu, em inglês e em português, que me dá a pista de que, como viu o meu blog muitas vezes, percebeu que eu gostava de cozinhar e que isso lhe tinha servido de inspiração para as coisas que me manda.
Agora vou ter que esperar que seja Natal e abri-los só nessa altura, tal como recomenda a Chookyblue. Não acham que é matar uma pessoa de curiosidade?



Today, I was going out to work when my doorman gave me a big box with a SSCS stamp. I jumped with joy but I didn't have time or a camera with me and it was supposed not open it until Christmas.
The package said Lynn from USA.
When I returned home I began to take photos of the package...but how to resiste whithout open it?
Well all things came with present paper, so it couldn't be bad idea to stalk a little, just to see...ãh,ãh, it is well wrapped!
So I opened the box and there it was, three beautiful presents looking at me...some more photos. With the presents it was a letter from Lynn,in english and portuguese, giving me a clouth that she saw many times my blog and my cooking posts and it inspired her to do something relating with my love of cooking, At this point my curiosity was already at red.
No, no, I didn't open the presents, Chookyblue said that they must be open only at Christmas and I'm a good girl, a strong girl, I will resist! Would I? Just until Christmas. So here they are, looking at me, under the tree...It's to kill anyone of curiosity, don't you think so?

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

TILDA

Uma amiga minha foi a Londres, esta semana e trouxe-me as tão desejadas revistas da Tilda. Parece que eram as últimas três que havia na livraria onde foi. Comprou-as. Agora dividimo-las alegremente. A que falta e está em casa dela é sobre o Natal.

sábado, 6 de dezembro de 2008

PÃO DE FUNCHO SUECO

Gosto muito de comer coisas diferentes dos nossos pratos tradicionais e conhecidos por isso, de vez em quando, aventuro-me pelos cozinhados de outros países.
Ainda um dia hei-de descobrir a receita de uma sopa que comi num restaurante em Nyhavn na Dinamarca, daquelas sopas calóricas de Inverno, com natas, nozes e outras coisas que tal e da qual guardo na memória boas recordações.
Hoje subi mais um pouco no mapa e experimentei fazer um pão de funcho sueco.

É uma receita de Eric Treuille e Ursula Ferrigno que colaboraram num best-seller sobre a preparação de pão e são ambos professores desta arte, Ursulla na sua Itália natal e Eric na Books for Cooks Cookery School de Londres.

PÃO DE FUNCHO SUECO

2.c.de chá de fermento de padeiro seco
100ml de água morna
500gr de farinha de trigo com fermento
1c.de chá de sal
2 c. s. De funcho fresco picado
150gr de queijo creme à temperatuara ambiente
2 cebolas grandes picadas
25 gr de manteiga sem sal(usei margarina normal)
1 ovo batido

1 -Diluí o fermento na água morna,deixando repousar 5 min e depois mexi.

2 - Coloquei a farinha e o sal numa tigela, fiz um buraco no meio e aí coloquei o funcho, o queijo creme, a cebola, a manteiga, o ovo e a água com o fermento.Mexi bem com uma colher de pau até estar uma mistura homogénea.

3 - Coloquei a massa na mesa de trabalho polvilhada de farinha e comecei a amassar, segundo as indicações deles :
- O pulso da mão que está a amassar puxa a massa para si, a outra mão roda a massa levemente e dá-lhe a forma de rodela.
- Repete-se este movimento durante perto de 10 min.

4 – Dá-se a forma de uma bola e coloca-se a descansar na tigela 1h30m., tapada com um pano.



5 – Untei uma forma antiaderente com manteiga. Amassei a massa mais 10 min.

6 – Espalmei a massa e dei-lhe uma forma arredondada. Dobrei uma parte lateral da massa para o interior e pressionei para tirar o ar. Dobrei a outra parte do lado contrário para o centro, sobre a primeira e pressionei também.

7 – Peguei na massa para colocar na forma e dobrei as pontas para o interior. Ficaram para baixo todas as dobras.

8 – Deixa-se levedar mais 1h30m até a massa ter passado 1cm do rebordo da forma.

9 – Vai ao forno pré-aquecido a 180º durante 45m a 1h. Deve ficar dourado e batendo por baixo deve soar a oco. Deixa-se arrefecer numa grade de metal.

Ao ler a receita parece que dá muito trabalho mas não é assim. Demora é muito tempo a levedar.
Ficou muitíssimo bom e é um bom acompanhamento para salmão fumado ou qualquer outra coisa. Os meus "rapazes" deste gostaram e disseram que posso repetir...


quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

DECORAÇÕES

Estas decorações são na casa do Porto.


São 2 portas e grinaldas naturais diferentes



Fui eu a autora dos arranjos e das grinaldas


E também fui a estilista do Menino

Eu já vos disse que adoro o Natal?
Ainda não?
Então eu digo-vos.
Adooooooooooooooooooro o Natal!
Às vezes chego a ser exagerada em tudo, nos presentes, nas decorações, na comida, nas sobremesas...
Mas, enfim, é Natal!


Did I ever told you that I love Christmas?
Not yet?
Well then I tell you.
I loooooooooooooooove Christmas!
Some times I can be exaggereted in everything, presents, decorations, food, desserts...
Well, that is Christmas!
The photos show you some decoratios made by me. It was also me the baby Jesus fashion designer .

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

FOFOS DE CHOCOLATE

Comi estes bolinhos, pela primeira vez,há muito tempo, numa viagem ao estrageiro, já não sei em que país ou restaurante mas lembro-me que adorei.
Assemelham-se a soufflé, de chocolate amargo, que escorre tentadoramente quando se cortam os bolos ao meio.
Comi-os posteriormente cá e andava doidinha por encontrar uma receita que resultasse bem, com a textura e paladar exactos.
Encontrei-a.

BOLINHOS FOFOS DE CHOCOLATE

65 de manteiga sem sal
125 gr de chocolate amargo em tablete, partido
2 ovos + 2 gemas à temperatura ambiente ( só usei 3 ovos inteiros )
50 gr de açucar baunilhado
4 colheres de sopa de farinha de trigo
½ c. de chá de canela em pó
Açucar de confeiteiro para polvilhar

Levei a derreter no microndas a manteiga com o chocolate, 30 segundos de cada vez.

Com a batedeira, bati os ovos e as gemas com o açucar até obter um creme esbranquiçado e dobrar o volume. (Como o açucar não era baunilhado deitei-lhe umas gotinhas de essência de baunilha) .

Misturei este creme com o chocolate e juntei duas colheres de farinha e a canela.

Com o resto da manteiga untei 6 formas, polvilhei-as com a farinha restante e deitei a massa, sem encher.

Vai ao forno já quente a 250º / gás 8 durante 6 a 7 minutos exactos., polvilha-se com o açucar de confeiteiro e servem-se quentes. Pode servir-se com crème fraîche gelado.

Huuuuuuuuuummmmmmmmmmmmm!!!!!!................:)

Tirei a receita de um livro de argolas que folheei por acaso numa biblioteca. Tirei a fotocópia mas esqueci-me de tirar o nome do livro. Amanhã acrescento-o aqui, prometo.
Ora então o nome do livrinho é « A Arte dos Condimento», Clare Fergunson, fotografias de David Munns, Editorial Estampa, 2005

domingo, 30 de novembro de 2008

FRIO E CHUVA


Para além do frio intenso e da chuva que se faz sentir todo este fim de semana, o espírito natalício já chegou à quinta. Já que não se pode fazer mais nada, fazem-se cozinhados e enfeites...

Be sides the cold weather and the rain all this weekend, the Christmas spirit has also arrived to the farm. We don't have anything else to do so we can only cook and decorate the house...

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

PRINCESAS E RAINHAS

É impossível deixar de vos trazer um poema que acho lindíssimo, de um poeta um pouco esquecido, ou talvez pouco valorizado por ter vivido num tempo em que os lobbies gays ainda não tinham o poder que hoje têm.
De espírito exuberante, apaixonado, e sem preconceitos nem pudores, marcou o panorama nacional pelas letras (poemas) incontornáveis das canções que escreveu para o festival da canção.
Ouvi-lo dizer os seus próprios poemas é mais emocionante do que lê-los, porque à força das suas palavras se junta a força da voz, da presença e dos gestos. Porque é mais difícil falar genericamente de uma obra poética do que de uma narrativa, deixo-vos um excerto do longo poema de...

ARY DOS SANTOS

TEMPO da LENDA das AMENDOEIRAS – 1964

Rimance da Princesa do País dos Gelos que em Terras da Moirama Suspirava Contando em Louvor da Fantasia dum Povo que Nasce, Vive e Morre entre o Céu e a Água.

Era uma vez um país
Na ponta do fim do mundo
Onde o mar não tinha eco
Onde o céu não tinha fundo.
Onde longe longe longe
Mais longe que a ventania
Mais longe que a flor de sombra
Ou a flor da maresia
Em sete lagos de pedra
Sete castelos de nuvens
Em sete cristais de gelo
Uma princesa vivia.

A Princesa
Em sete cristais de gelo
Nesse país eu vivia.

Era uma vez um país
Na ponta do fim do mundo
Onde o mar não tinha eco
Onde o céu não tinha fundo.
Onde longe longe longe
Mais longe que a luz do dia
Com a sua coroa de abetos
E seus anéis de silêncio
Suas sandálias de tempo
Seu tear de nostalgia
Uma princesa tecia
O seu tapete de espanto
No fio da fantasia
Do seu casulo de encanto.

A Princesa
O meu tapete de espanto
Num tear de nostalgia.

Era longe longe longe
Mais longe que a luz do dia.

Tinha cabelos de rio
Olhar de brisa serena
Boca de rosa de estio
Vermelha, porém pequena.

Tinha cintura de bruma
Andar de orquídea de neve
Perfume de flor nenhuma
Intensa, porém mas breve.

Em seu corpete bordado
Os seios duros trazia
Virgem de sangue domado
Contida, porém não fria.

Era longe longe longe
Mais longe que a luz do dia.

E enquanto em sete cristais
Sete anémonas de espanto
Enquanto em sete corais
Uma princesa tecia
O seu tapete de espanto
Num tear de nostalgia
Levava-lhe o vento os ais
Por mares ares tormentas
Ondas naufrágios marés
Ilhas iras sons e escolhos
Para longe longe longe
Mais longe que a luz dos olhos.

Levava-lhe o vento os ais
Para uma terra distante
Bordada de laranjais
Vestida de céu brilhante
Onde com sete punhais
sete crescentes de lua
sete pecados mortais
em seus olhos faiscantes
um rei poderoso montava
sete cavalos possantes.

Levava-lhe o vento os ais
Para uma terra distante
Onde o céu era lidado
Na arena da maré cheia.
Terra de cheiro molhado
Terra de cravos de carne
Onde o silêncio escoado
Pelos aromas do nardo
Molhava de mel de sombra
Os lábios secos da tarde.
Levava-lhe o vento os ais
Para uma terra distante
Terra de festas de sangue
Baía de cimitarra
Moiras com olhos de alfange
Onde o amor se matava
Terra terraço mirante
Aonde o mar se mirava
Umbela de flor gigante
Colo moreno de escrava
Terra pantera ondulante
Terra guitarra tocada
Pelo barulho das folhas
Mexendo de madrugada.

Terra distante distante
Onde seus ais repousava.

Ouviu-lhe o rei o suspiro
Quando em seu castelo estava.
Mandou guardar seus cavalos
Suas bandeiras reais
Mandou fechar suas portas
Seus pátios suas janelas
Afogar a horas mortas
Sete pecados mortais
Em suas sete cisternas
E aparelhar um veleiro
Com velas soltas de espuma
Para cruzar sete mares
Sete céus de nevoeiro
Sete procelas de inverno
Sete postigos de bruma
Sete correntes de inferno
Sete cabos de segredos
Sete caminhos de medos
Sete muralhas de fumo
Até encontrar os olhos
Até encontrar os dedos
Do suspiro que o chamava
Da ponta do fim do mundo.
( .................)

O Rei

Fi-la rainha do vento
Rainha da maresia
Sombra do meu pensamento
Pedra da minha magia
Janela do meu palácio
Fresta de melancolia
Por onde passava o sol
Que ao país dos sete gelos
o meu desejo trazia.
Fi-la rainha do sangue
Que em minhas veias corria.
Rainha da ferida aberta
De que o meu povo sofria
Da chaga das descobertas
Que nos seus flancos se abria
Daquelas portas abertas
Onde o mar o fecharia
Daquelas ondas redondas
Onde o sonho o enredaria
Daquelas ilhas desertas
Onde a água o prenderia
E com a adaga dos olhos
O veneno da memória
A distância o marcaria
Para cadáver da história.
Rainha da minha audácia
E da minha cobardia
Dos copos da minha espada
Do punho da minha angústia
Da minha boca molhada
Pela saliva de Agosto
Dos poros da minha pele
Dos cabelos do meu peito
Da pedra do meu anel
E dos lençóis do meu leito

Era rainha a princesa
Que no silêncio dormia
Ungida pelo desejo
Coroada pelo agrado
Dum rei moiro que bebia
Pela chaga do seu lado
Em vez de cidra macia
Sangue de virgem sagrado.
Era rainha a princesa
E o seu reino consumado.

E depois de sete luas
De sete noites de chama
De sete donzelas nuas
Ardendo na sua cama
Levou o rei a princesa
Num carro de labaredas
Por montes vales caminhos
Serras atalhos veredas
Tergos cerros e devezas
Para longe longe longe
Mais longe que a tristeza.
(...................)

Passei-vos oito páginas deste poema. Ele prolonga-se por mais dezanove páginas. Espero que vos tenha aguçado o apetite para lerem este e os outros poemas que podem encontrar no livro José Carlos Ary dos Santos, obra poética, das edições Avante.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

SSCS


Na segunda-feira enviei as encomendas para a minha parceira no SSCS. Não posso revelar quem é nem mostrar as coisas que mandei. Sei que o elfo que me envia a mim já as colocou no correio. Vamos ver que é...tenho um ligeiro palpite de quem pode ser...seria bom demais!

I've sent everything with the goodies to my swap partner, last monday. I can't revel who she is or what I've sent to her. I know that my elf already mailed my package .
We will see who she is... I have a feeling of who she might be ...But it would be too good to be true!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

ARROZ DE SAFIO COM CAMARÕES



Sempre que passo perto da Nazaré, não resisto a ir lá almoçar. Adoro ir a um restaurantezinho, bem modesto e económico por sinal, onde se come muitíssimo bem. Não digo o nome dele porque sinceramente não sei como se chama, só sei ir lá ter o que já é bem bom!Claro que as especialidades são pratos de peixe.
Com saudades dessa comidinha resolvi fazer um arroz de safio com camarões que lá costumo comer.

ARROZ DE SAFIO COM CAMARÕES

Postas de safio grossas e das abertas (têm menos espinhas) eu fiz com congro
Camarão a gosto
2 Tomates maduros (usei também concentrado de frasco)
Uma cebola
2 Dentes de alho
Vinho branco
Malagueta
Arroz
Coentros picados

Num tacho, deitei azeite, cebola picada, dois dentes de alho, a malgueta e deixei alourar. Quando a cebola começou a ficar translúcida juntei-lhe o tomate pelado e partido aos bocados ( mais um bocadinho do concentrado em frasco ). Juntei as postas e deixei-as dourar um pouco, refresquei com o vinho branco, temperei com sal e deixei estufar. Medi o arroz e a água ( mais do dobro para o arroz ficar malandrinho) e acrescentei-os ao estufado por essa ordem. Desliguei e juntei os coentros picados. Servi-se no próprio tacho porque sabe muito melhor e não se some o molho. Alem disso os tachos estão na moda... ;)
Foi de comer e rapar o tacho!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

SOPA DE NABIÇAS E FEIJÃO FRADE


Hoje fiz uma sopinha de quase tudo. Estava excelente, daquelas que reconfortam o corpo e aquecem a alma, própria para esta estação do ano.
À partida seria para levar agriões ou espinafres mas nos supermercados das redondezas ( da quinta) não havia.
Assim fui à horta e apanhei umas folhinhas de aipo, atenção que não são grandes como as compradas, um molhinho de nabiças, abóbora que estava no muro, batatas e cebolas que estavam armazenadas, alho e, comprado, foi só a cenoura e um alho francês, porque desses já não tenho.

SOPA DE NABIÇAS e FEIJÃO FRADE
Agrião ou espinafre

3 batatas
uma tira de abóbora
1 alho francês
2 dentes de alho
6 pézinhos de aipo
uma cenoura
uma cebola
1 molho de nabiças ( pequeno)
1 frasco de feijão frade

Parti tudo aos bocados e coloquei a cozer numa panela com água, azeite e sal. Só deixei as nabiças de fora. Como me tinha sobrado um bocadinho (pouco) de chouriço, de tentar fazer um pão como o da Ameixa, deitei-o também na sopa para dar gosto.
Quando estava tudo cozido passei com a varinha mágica e....esqueci-me completamente da chouriça e passei-a também. Deitei as nabiças, rectifiquei o sal, o azeite e deixei cozer mais um pouco.
Estava muitíssimo boa. A chouriça que passei juntamente deu-lhe um gosto óptimo. Claro que é uma sopa de resistência, quase uma refeição!

Deixo-vos com a fotografia do mais novinho da matilha, parece uma lontra de tão gordo. Pudera, como é filho único tem as 8 maminhas da mãe só para ele! Quase não anda porque mexer todo este peso não é brincadeira ... e está sempre enfiado no comedouro da ração! Tem um mês e muito tempo para fazer exercício...!


This is my younger dog, it's to fat and big because it's a unique son and he have the 8 breasts of the mother for him. He can hardly move and he is always in the food ration.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

SECRET SANTA CHRISTMAS SWAP

Mais um projecto quase pronto e novamente em azul, branco e prateado. Acho que ando mais influenciada pelo frio invernal do que pelo espírito natalício.
Prometo que o próximo trabalho vai ser vermelho para entrar na onda de Natal.
Esta foto que revela muito pouco do trabalho é propositada. Na verdade nem sequer vou dizer o que é porque deve ser surpresa e é para enviar para à minha parceira no Christmas swap 2008.
Veremos fotos de tudo o que lhe vou mandar depois de 25 de Dezembro que é quando podemos abrir os presentes!

This is another project almost ready. I won't show and I won't tell you what is it because it's one of the surprises to my partner in secret santa christmas swap.
I don't know why but, all my latest works are in blue, white and silver. That's must be the cold winter who influenced me and not the Christmas Spirit. I promisse that my next project will be in red.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

CORAÇÕES E ANJOS




Desta vez são corações com anjos bordados, nos mesmos tons de azul e branco das estrelas, com flocos de neve prateados.
Deve ter sido o livro que li que me influênciou.
O bordado é desenhado por mim e o estilo dos corações deve ser universal pois já os vi feitos por muita gente ( mas já não sei onde ) e em revistas várias. Agora só falta coser a entrada do enchimento.
As estrelinhas já estão prontas e ficaram assim...


This time I want to show you the hearts, with an angels embroydery designed by me. I saw the hearts in many blogs and magazines,but I forgot where. The hearts have the same colors of the stars and they are not finished yet, I must switch a little!
By the way, here are the stars already finished.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O JOGO DO ANJO


Terminei hoje de ler, às 3h30m da madrugada, « O jogo do Anjo».
Já sei sou doida! Que lindas horas para ir para a cama quando no dia seguinte é dia de trabalho. Também foi o que me disse o meu marido.
Mas leitura para mim é assim, sem horas, sem ninguém que nos interrompa, sem obrigações nem compromissos a não ser com o livro que temos nas mãos!
Normalmente é a isso que eu chamo férias e que fiz durante este fim de semana.

Quanto ao livro, como devem calcular pelo acima descrito é cativante, enreda-nos num sem número de peripécias e mistérios e não conseguimos largá-lo até ao final.

Costuma-se dizer que em equipa vencedora não se mexe.
Acho que Zafón fez isso.
Enquanto li as primeira páginas achei o livro “morno”, as espectativas eram altas depois da « Sombra do Vento ». O enredo avança e eu penso, bem é giro mas não tem força. As personagens não nos convencem. Há muita coisa igual ao outro, parece uma cópia.Vai ser um policial. Mas surpreendentemente, não é assim.O estilo jornalístico confere à narrativa um ritmo rápido, o entrar e sair de personagens mais os capítulos curtos, aceleram e a narrativa torna-se alucinante e alucinada. Misterioso sim, policial sim, com muitas mortes mas muito interessante.

Zafón, retomou a mesma Barcelona, mais cedo, no ano de 1917, e a mesma livraria Sempere com o avô e o pai do Daniel, da «Sombra do Vento». Retomou também Barceló, o cemitério dos livros e um escritor, desta vez David Martín, que é também jornalista. Há um protector rico, Vidal; um amor impossível, Cristina; uma apaixonada que se torna a melhor amiga, Isabelle e toda uma galeria de personagens mais ou menos importante que vai cruzando e saindo da vida deste David. O paralelismo entre as vivências de David e de outro escritor, que habitou na mesma casa, tornam-se flagrantes e ele vai tentar descobrir o porquê, para salvar o seu destino e tentar ser feliz. E depois, há o patrão, alguém que lhe encomenda um livro especial. O patrão...sempre presente, omnipotente, desconcertante, determinante em toda a história...o Patrão!

Os capítulos são curtos, Zafón cortou às descrições prolongadas e às reflexões filosóficas, transformou-as em diálogos das suas personagens.
Em volta deste escritor jovem e talentoso que acaba por escrever um único livro com o seu nome e “ montes “ deles com nomes de outras pessoas, discute-se o bem e o mal, a vaidade humana e o preço da alma, a morte e a vida, a crendice, o espiritismo e a espititualidade, o amor, a amizade e a literatura, sem nunca se falar abertamente sobre isso.
Deixo só esta frase, que já aprecia no outro livro, e que acho muito interessante:

« Todos os livros, todos os volumes têm alma. A alma de quem os escreveu, a alma daqueles que os leram e viveram e sonharam com eles. De cada vez que um livro muda de mãos, de cada vez que alguém desliza o olhar pelas suas páginas, o seu espírito cresce e torna-se mais forte...»

O final é surpreendente e dá uma nota de esperança e happy end, estabelecendo a ponte com o já escrito, « A Sombra do Vento ».

domingo, 16 de novembro de 2008

QUEM DISSE QUE NÃO HAVIA ESTRELAS NO CÉU?

Esta é a minha próxima tarefa. Coser todas estas estrelas. Não sei ainda muito bem como, nem quanto tempo me vai demorar ... mas tem que ser!
É para que, pelo menos todos os que trabalham comigo, possam ter uma estrela que os ilumine, nestes tempos de escuridão. Esta é fofinha e bem cheirosa!


This is my next project. Stitch all this stars! I don't know very well how I'm going to do it or how many time I will spend with it... but it must be done!
They will be a gift to every one who works with me. I want them to have a star who can show them the way. These ones are smooth and smell good !

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

MAIS UM!

Mais um trabalho de Natal acabado! Desta vez é uma saca do pão com aplicações de tecido.
Aos poucos isto vai! Quem me dera ter mais tempo para fazer todos os projectos que me vão na cabeça.

Another Christmas work finished! This time is a bread bag with applique. Step by step I done all! I wish I would have more time to do all projects that I have in mind.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

FINALMENTE!


Pela primeira vez ganhei um giveaway!

Ganhei o modelo, molde City Garden Quilt Pattern da Cherry House Quilts que é bem bonito. Obrigada Cherri!
Estão tão contente! Nem sei bem porquê.
Não percebo bem se é o prazer de jogar e ganhar, se é a sensação de se ter sorte ou a de receber um presente inesperado.

Ganhei!

I'm one of the lucky winners of the City Garden Quilt Pattern Giveaway from Cherry House Quilts. Thank you very much Cherri, I love this pattern.
I'm so pleased, it's the first time that I have won a giveaway.
I'm so glad and I don't understand quite all right if that has to be with me being lucky enough to be one of the chosens or to have won an unspected present!

I won !

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

GINGERBREAD


Estes são os tecidos que comprei este fim de semana, na patch-mania. Não são lindos? Uns outonais, outros mais natalícios e os cor-de-rosa nem sei para quê!
E os botões? Quem conseguia resistir a estes gingerbread e às suas formas mais aos coraçõezinhos?

This are the fabrics that I've bought this weekend, in patch-mania, at Lisbon. Aren't they beautiful? Some for Christmas, other to Fall and the pink,?...I don't know yet for what!
And the small buttons? I couldn't resist to this gingerbread and this hearts !